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Inverno começa nesta quinta-feira e será mais quente que a média

Conforme dados do Climatempo é estimado que o inverno de 2024 não deve trazer extremos de calor e frio

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Reprodução/ Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)
Previsão de temperaturas de junho até agosto de 2024 - Metrópoles
1 de 1 Previsão de temperaturas de junho até agosto de 2024 - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Instituto Nacional de Meteorologia (INMET)

O inverno no Brasil começa no dia 20 de junho, porém a expectativa é que a temperatura seja mais elevada do que o normal em algumas regiões, em comparação aos anos anteriores. De acordo com um levantamento feito pelo Climatempo, a previsão será de 3°C acima da média na estação. 

É esperado que o inverno deste ano seja mais quente para a maior parte do Brasil. Em comparação a 2023, a estação terá temperaturas mais altas nos estados centrais do Brasil, um pouco mais frio no Norte e no extremo Sul do país.

“Apesar da expectativa de mais episódios de passagem de ar polar pelo país do que no ano passado, o inverno terá menos frio do que o normal até na Região Sul. As massas de ar frio devem ser mais frequentes entre agosto e setembro”, diz Josélia Pegorim, meteorologista do Climatempo.

Além disso, em fase final do El Niño, também ocorre o aquecimento do Oceano Atlântico. “Um fator importante que vai contribuir para deixar o inverno 2024 menos frio do que poderia ser é que o Oceano Atlântico na costa entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro tende a se aquecer no decorrer da estação. Além disso, o Atlântico Tropical segue com temperatura acima do normal. A costa entre o Espírito santo e o Rio Grande do Norte vai continuar quente e o oceano quente ajuda a formar nuvens de chuva”, relata Josélia.

Para a previsão, não haverá chuvas em quase todo o país, e o mês mais chuvoso para a maioria das cidades será setembro. “Será o inverno com predomínio de tempo seco, sem chuva, na maior parte do país, mas o Rio Grande do Sul ainda poderá ter eventos de chuva forte. Eventos de chuva intensa podem ocorrer em agosto e em setembro no litoral do Sul e do Sudeste. A chuva será frequente no litoral entre o Rio Grande do Norte e o sul da Bahia”, ressalta Josélia.

De acordo com a pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas médias durante o inverno no Brasil têm aumentado consistentemente nas últimas décadas. Ainda conforme o estudo, é indicado que os episódios de frio intenso, que eram mais frequentes há dez anos, se tornaram menos comuns, enquanto as ondas de calor fora de época têm se tornado mais frequentes.

O biólogo Paulo Jubilut, professor do Aprova Total, aponta que as mudanças climáticas também têm um papel crucial no cenário. “O impacto das mudanças climáticas já é visível em diversas regiões do Brasil. A seca prolongada no centro do país e as chuvas intensas na região Sul, especialmente no estado do Rio Grande do Sul, são exemplos claros de como os padrões climáticos estão se tornando mais extremos e imprevisíveis”, explica.

Ainda de acordo com Paulo Jubilut, é essencial a intensificação em ações de mitigação e adaptação. “A implementação de políticas ambientais eficazes, a transição para fontes de energia renováveis e a conservação das florestas são passos fundamentais para garantir um futuro sustentável e minimizar os impactos das mudanças climáticas”, afirma.

La niña

O El Niño, também conhecido pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, marcado por causar secas no Norte e Nordeste e enchentes na região Sul, chegou ao fim, com a possível formação do fenômeno La Niña no segundo semestre deste ano. 

O La Niña, por outro lado, consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental. De acordo com a análise do Inmet, a probabilidade é de que o fenômeno começa oficialmente entre os meses de junho e agosto. 

Os efeitos do fenômeno no Brasil são as tendências de chuvas acima da média, em áreas das regiões Norte e Nordeste, e abaixo da média, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a partir de outubro.

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