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Intoxicação por opioides causou morte de voluntário da Coronavac, diz laudo

IML deu causa mortis como suicídio por intoxicação com opioides, sedativos e álcool, segundo nota divulgada à imprensa

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1 de 1 vacina - Foto: Pixabay

São Paulo – O voluntário de testes da vacina Coronavac morreu no dia 29 de outubro em São Paulo por “intoxicação exógena”, ao ingerir substâncias como opioides e álcool, de acordo com o laudo médico divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) nesta tarde de quinta-feira (12/11).

“Os resultados apontam que a morte se deu em consequência de uma intoxicação exógena por agentes químicos. Foram constatadas as presenças de opioides, sedativos e álcool no sangue na vítima”, constatou o Instituto Médico Legal (IML), conforme nota divulgada pela SSP-SP.

A secretaria também informou que os laudos “dos institutos de Criminalística (IC) e IML do referido caso foram concluídos e encaminhados à autoridade policial do 93º DP do Jaguaré, zona leste da capital paulista”.

A SSP e a Anvisa, responsável pelos testes, não responderam ao Metrópoles até o fechamento desta matéria.

Entenda

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu interromper temporariamente, na segunda-feira (9/11), os estudos clínicos da vacina alegando um “evento adverso grave” com um voluntário.

“O evento ocorrido no dia 29/10 foi comunicado à Agência, que decidiu interromper o estudo para avaliar os dados observados até o momento e julgar o risco/benefício da continuidade do estudo”, informou a Anvisa, em nota.

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, se disse indignado com a suspensão temporária dos estudos da Coronavac. Ele destacou que a morte não teve relação com a vacina.

De acordo com o presidente do instituto, a notícia sobre a interrupção dos estudos clínicos da Coronavac “causa surpresa, insegurança e, no nosso caso do Butantan, indignação”.

“Podemos ter um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Por exemplo, uma pessoa sai de manhã e é atropelada ao sair de casa. Isso é um evento adverso, que tem de ser reportado”, disse.

A suspensão dos estudos clínicos se deu no dia em que o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o estado começa a receber no próximo dia 20 de novembro 6 milhões de doses da Coronavac.

O presidente Jair Bolsonaro disse, na terça-feira (10/11), ao compartilhar a informação de que a Anvisa suspendeu temporariamente os estudos clínicos da vacina, ter ganhado do governador de São Paulo.

Na quarta-feira (11/11), após uma série de reclamações sobre a suspensão, a Anvisa liberou a retomada dos testes.

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