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Interventor sobre atos terroristas: “Não há hipótese de se repetir na capital o que aconteceu”

Ricardo Cappelli afirmou que a segurança será reforçada para impedir novos atos antidemocráticos em Brasília

atualizado

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Wey Alves/Especial Metrópoles
Ricardo Capelli, interventor federal na segurança do Distrito Federal, dá coletiva de imprensa junto à autoridades e chefes de segurança do DF sobre manifestação bolsonarista programada para hoje. Ele segura microfone, de pé, e fala aos jornalistas- Metrópoles
1 de 1 Ricardo Capelli, interventor federal na segurança do Distrito Federal, dá coletiva de imprensa junto à autoridades e chefes de segurança do DF sobre manifestação bolsonarista programada para hoje. Ele segura microfone, de pé, e fala aos jornalistas- Metrópoles - Foto: Wey Alves/Especial Metrópoles

O interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, anunciou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11/1), um plano de ações para evitar novos atos antidemocráticos em Brasília. De acordo com ele, a segurança será reforçada na Esplanada dos Ministérios, que já está fechada, e contará com apoio da Força Nacional.

Cappelli afirmou que “não há hipótese de se repetir na capital federal o que aconteceu”. Ele ainda alertou que quem tentar repetir os atos terroristas será “tratado com o rigor da lei”.

“Aos que pretendem repetir: a lei será cumprida. Não será admitido. Nossa democracia é plena, o direito a livre manifestação será sempre respeitado dentro daquilo que prevê a Constituição. O direito à manifestação não se confunde com atentado a instituição democrática, com ataque ao patrimônio público e à democracia. A estes, o que tenho a dizer, é que a lei será cumprida. Eles serão tratados com o rigor da lei”, reforçou.

Segundo o interventor, os servidores que estão trabalhando na Esplanada dos Ministérios podem continuar “com a maior tranquilidade”.

“Falta de comando”

Sobre a segurança na Praça dos Três Poderes, onde no domingo (8/12) extremistas e golpistas depredaram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), Cappelli afirmou que há “mobilização máxima” das forças policiais e que a falha do último domingo não se repetirá. “A Polícia Militar, o Corpo Militar de Bombeiros do Distrito Federal, a Força Nacional e a Polícia Federal estão nos apoiando com a inteligência. Todas as forças de segurança estão mobilizadas, em alerta máximo, durante todo o dia”, pontuou.

Questionado sobre a falha na segurança no último domingo, o interventor voltou a apontar a ausência do então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, como principal erro no impedimento dos atos terroristas. Para ele, houve “falta de comando”.

“Os homens da PM são os mesmos homens que executaram uma operação exemplar no dia 1º de janeiro, na posse do presidente Lula. O que mudou do dia 1º para o dia 8 foi que o senhor Anderson Torres (ex-secretário de Segurança do DF) assumiu a secretaria no dia 2. Ele exonerou boa parte do comando da secretaria e viajou aos Estados Unidos, inclusive sem estar de férias”, criticou. Torres foi exonerado e teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja a coletiva:

 

Além da Esplanada fechada, todas as mochilas serão revistadas, caso haja manifestação nesta quarta. Segundo a PM, nao serão permitidos materiais perfurocortantes, carros de som, entre outros materiais que possam causar dano, como canivete e fogos de artificio.

Veja imagens dos atos terroristas de domingo (8/12):

16 imagens
Pouco antes, os manifestantes haviam invadido Congresso Nacional e Palácio do Planalto
Bolsonaristas entram no Supremo Tribunal Federal
Dentro do prédio, golpistas depredaram patrimônio público
Extremistas deixaram local totalmente destruído
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Bolsonaristas invadiram o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de 8 de janeiro

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Pouco antes, os manifestantes haviam invadido Congresso Nacional e Palácio do Planalto

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Bolsonaristas entram no Supremo Tribunal Federal

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Dentro do prédio, golpistas depredaram patrimônio público

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Extremistas deixaram local totalmente destruído

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Invasão do STF em 8 de janeiro

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Imagens mostram depredação no STF

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Bolsonaristas no STF

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Bolsonaristas ocupam e depredam plenário do Supremo Tribunal Federal

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Policiais reagiram com bombas de gás lacrimogênio

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Portas e janelas de vidro foram quebradas nas casas dos três poderes: Executivo, Lesgislativo e Judiciário

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Clima é de tensão

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Bolsonaristas invadem e depredam STF

 

Serão vetados ainda hastes de faixas feitas de madeira, PVC e ferro. A polícia, porém, não vai interferir sobre o conteúdo das faixas, mesmo em caso de pauta inconstitucional.

A polícia também monitora um outro protesto que pede o impeachment do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), marcado para a tarde desta quarta. A manifestação está prevista para ocorrer próximo ao Palácio do Buriti.

Moraes impede bloqueios

Além do reforço na segurança, em uma outra frente, Moraes, proibiu, nesta quarta, a interrupção de tráfego em todo o território nacional. Quem desobedecer à ordem pode desembolsar multas de R$ 20 mil a R$ 100 mil (neste caso, o valor se aplica a pessoas jurídicas).

Moraes atendeu integralmente a pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU). A partir de hoje, está proibida ainda e passível de multa a incitação de atos antidemocráticos, inclusive por meio eletrônico ou em caso de apoio material.

As autoridades locais, em especial os agentes dos órgãos de segurança pública federais e estaduais, deverão, “sob pena de responsabilidade pessoal, executar prisão em flagrante delito daqueles que, em desobediência às providências adotadas para o cumprimento da decisão, ocupem ou obstruam vias urbanas e rodovias, inclusive adjacências, bem como procedam à invasão de prédios públicos”.

Prisões

A Polícia Federal já prendeu até a noite de terça-feira (10/1) 727 pessoas pelo ato terrorista no último domingo (8/1), na Praça dos Três Poderes, quando um grupo de bolsonaristas invadiu e danificou o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

Outras 599 foram detidas, mas soltas por razões humanitárias. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que a Polícia Federal continuará as investigações dos envolvidos no ataque de domingo.

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