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Interventor do DF sugere “sabotagem” de ex-ministro de Bolsonaro

Interventor federal na Segurança Pública do DF disse não haver coincidência na atuação do ex-ministro nos atos criminosos de domingo (8/1)

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Manifestantes com móveis quebrados _ Metrópoles
1 de 1 Manifestantes com móveis quebrados _ Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O interventor federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, sugeriu, nesta terça-feira (10/1), sabotagem na segurança da capital federal durante os atos terroristas nos quais foram atacadas as sedes dos Três Poderes.

Cappelli afirmou que o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mudou todo o comando da secretaria e, em seguida, viajou para fora do Brasil.

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Manifestantes declaram que o objetivo é invadir o Congresso
Policiais militares não conseguiram impedir as invasões
Bolsonaristas furam bloqueios na Esplanada e invadem o Congresso Nacional
As forças de segurança tinham isolado a área. Os manifestantes só poderiam ir até as bandeiras em frente ao Congresso. Mas os terroristas romperam a barreira
Bolsonaristas na Praça dos Três Poderes
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Bolsonaristas quebram bloqueio na Esplanada e sobem rampa do Congresso

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Manifestantes declaram que o objetivo é invadir o Congresso

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Policiais militares não conseguiram impedir as invasões

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Bolsonaristas furam bloqueios na Esplanada e invadem o Congresso Nacional

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As forças de segurança tinham isolado a área. Os manifestantes só poderiam ir até as bandeiras em frente ao Congresso. Mas os terroristas romperam a barreira

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Bolsonaristas caminhando em direção à Esplanada

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Bolsonaristas caminhando em direção à Esplanada

“No dia 1º, tivemos uma posse com milhares de pessoas e uma operação de segurança extremamente exitosa. O que mudou para o último domingo, dia 8, foi que, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria de Segurança, exonerou todo o comando e viajou. Se isso não é sabotagem, eu não sei o que é”, disse o interventor em entrevista à CNN.

Mais tarde, durante a posse do diretor-geral da Polícia Federal (PF), delegado Andrei Rodrigues, Cappelli afirmou que não parece coincidência a atuação de Torres na pasta e os atos do último domingo.

“O presidente Lula tomou posse no dia 1º, numa grande cerimônia realizada em Brasília, com milhares de pessoas. Existiam informações de tentativas de tumulto e de manifestações, e nada ocorreu. Em 1º de janeiro, houve uma operação de segurança exemplar em Brasília. Sete dias depois, em 8 de janeiro, a gente presenciou os episódios lamentáveis de depredação, manifestações inaceitáveis contra a democracia brasileira. Por que mudou tanto?”, questionou Cappeli em conversa com a imprensa.

O interventor, então, seguiu a narrativa:

“Em 2 de janeiro, o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres assume a SSP-DF, faz uma série de alterações e viaja. Então, eu deixo a reflexão para vocês e todos que nos acompanham. É coincidência? Não me parece”, prosseguiu.

O que disse Torres

Na véspera do dia em que ocorreram os atos criminosos, Anderson Torres viajou para Orlando, nos Estados Unidos. Em nota, o ex-secretário alegou que não foi conivente com as ações dos terroristas.

“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis, exemplarmente punidos”, escreveu Torres.

Além de ser exonerado pelo governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, Anderson Torres virou alvo da Advocacia-Geral da União (AGU), que pediu a prisão do ex-secretário ao STF.

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