Interventor confirma retirada de acampamento: “Lei será cumprida”
O local foi usado como abrigo para os terroristas que invadiram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF nesse domingo
atualizado
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O interventor nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ricardo Cappelli, confirmou, nesta segunda-feira (9/1), que o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília foi desocupado.
O local foi usado como abrigo para os terroristas que invadiram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desse domingo (8/1). Segundo Cappelli, as barracas serão retiradas e não haverá permissão para o retorno dos manifestantes.
Na manhã desta segunda, operação da Polícia Militar e do Exército retirou as pessoas que estavam acampadas no QG, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Cerca de 1.200 suspeitos foram detidos.
“Todos os elementos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida”, assegurou o interventor. “Sigo em campo, acompanhando pessoalmente o comboio da polícia militar que está conduzindo os elementos que se encontravam no tal ‘acampamento’.”
Desativamos o acampamento que funcionou como QG dos atos antidemocráticos inaceitáveis de ontem. Todas as barracas serão retiradas. A área foi retomada e não será permitida a volta de “manifestantes”. Todos os elementos foram encaminhados para a PF. A lei será cumprida.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 9, 2023
Sigo em campo, acompanhando pessoalmente o comboio da polícia militar que está conduzindo os elementos que se encontravam no tal “acampamento”. Todos estão sendo conduzidos para as instalações da PF. A lei será cumprida.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 9, 2023
A área em frente ao QG do Exército em Brasília era ocupada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o fim do segundo turno das eleições. Os manifestantes pediam, entre outras coisas, a anulação do pleito e a intervenção das Forças Armadas no governo.
Após os ataques às sedes dos Três Poderes, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
A medida valerá, inicialmente, até 31 de janeiro. Com o decreto, a Polícia Militar, a Polícia Civil, as polícias penais e todas as forças de segurança pública passam a responder ao governo federal. O documento permite, ainda, que as Forças Armadas atuem em Brasília para a retomada da ordem pública. O objetivo é frear a depredação e a ação que manifestantes bolsonaristas promovem na capital.
Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, foi nomeado o interventor. Cappelli é jornalista, especializado em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Também atuou como secretário nacional de Esporte Educacional e de Incentivo ao Esporte nos governos Lula e Dilma Rousseff.