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Internautas são favoráveis ao consumo de maconha, aponta pesquisa

Análise feita em 555.280 menções nas redes sociais aponta que 72% das postagens relacionadas ao tema são a favor do uso da erva

atualizado

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Gui Prímola/Arte sobre foto Daniel Ferreira
1 de 1 - Foto: Gui Prímola/Arte sobre foto Daniel Ferreira

Seja para uso medicinal ou para outras finalidades, a maconha tornou-se um assunto de interesse dos brasileiros. Entre os internautas, por exemplo, as discussões sobre o tema têm grande aceitação. Essa é a conclusão de pesquisa realizada pelo projeto Comunica Que Muda (CQM), da agência de publicidade Nova/sb. Segundo consulta feita entre 12 de março e 8 de abril, com base em 555.280 menções nas redes sociais, 72% dos comentários relacionados à cannabis são de pessoas favoráveis à utilização e ao consumo da planta.

O estudo ainda aponta que apenas 14% de todo o material analisado é de internautas contra o uso da erva. Outra parcela de 14% representa declarações neutras. A maior parte do público que defende a maconha no espaço on-line é feminino (73,8%). De acordo com a pesquisa, o Rio de Janeiro é o estado onde lideram as discussões virtuais (34%), seguido por São Paulo (18,5%).

Embora, conforme o estudo, a cannabis tenha movimentado diálogos na internet, o tema tem sido mais abordado por meio de compartilhamentos de conteúdo do que de postagens autorais. No período, 59,6% do total de menções analisadas tiveram como base material reproduzido de terceiros.

Dos que discutem sobre a erva nas redes sociais, 28,1% assumem o uso da maconha para fins recreativos. De acordo com a pesquisa, as internautas escrevem mais sobre o assunto  (56%) do que o público masculino (44%).

Legalização
Em relação à legalização da maconha, 84,6% de todo o material analisado vinha de pessoas em defesa da causa. Outros 14% eram contrários e 4,1% neutros. Do total de postagens, 98,6% opinaram sobre o uso recreativo. Do total, 1,4% comentou sobre a manipulação da planta para finalidade medicinal. Desses, 91,7% defendem a maconha medicinal e 8,3% ficaram neutros. Ninguém se mostrou contrário.

Para o estudante de direito brasiliense Lucas Cortez, 20 anos, o uso da erva não deveria ser considerado tão negativo, pois há medicamentos que causam efeitos colaterais muito agressivos. “Não costumo fazer postagens sobre o assunto. Mas, participo de debates em redes sociais. Inclusive, gosto bastante. Sou a favor”, declarou. “Cigarro, álcool e remédios causam danos muito piores que a maconha. Já sofri com efeitos colaterais de antidepressivos. Para mim, o uso da maconha no Brasil deveria ser descriminalizado. O governo brasileiro deveria se preocupar mais com o combate à cocaína, por exemplo”, concluiu.

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