Internautas presenteiam menino autista com salgadinho favorito
Criança de 3 anos tem seletividade alimentar severa desde os 2 meses, e mãe publicou pedido de ajuda nas redes sociais
atualizado
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Bernando, menino de 3 anos com autismo, recebeu um presente especial, nessa quarta-feira (6/4), em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Após um mês de pedidos e uma movimentação gigante de internautas, uma caixa repleta de salgadinhos de churrasco chegou para alegrar o dia da criança.
A mãe do garoto, a enfermeira Débora Jales, de 33 anos, conta que ele tem seletividade alimentar severa desde os 2 meses, e se alimenta somente de ovo com farinha, banana com neocate e do salgadinho de churrasco. Há pouco menos de um mês, no entanto, Bernardo passou a não aceitar mais o alimento, e Débora percebeu que era porque a textura estava diferente, mais porosa.
“Entrei em contato com a empresa, que prontamente me atendeu e iria procurar saber o que aconteceu com a textura. Durante essa espera, eu fiz um informativo e pedi para os meus amigos compartilharem”, conta a mãe do menino. Ela diz que se surpreendeu com a resposta, com centenas de internautas se mobilizando para encontrar o salgadinho de lotes diferentes daquele vendido na cidade da família.
Nesta semana, então, uma caixa com o alimento chegou em sua casa, e o registro do momento em que o menino prova o salgado conquistou a web. “O sorriso mais lindo do mundo no fim do vídeo, quando Bernardo morde o salgadinho e percebe que é aquele da textura que ele gosta é um autista não verbal dizendo ‘obrigado'”, afirma.
Veja o vídeo:
Débora ainda ressalta, no entanto, que o drama pelo qual passou com a mudança no salgado mostra que há dificuldades no cotidiano de uma pessoa com autismo que ainda não são vistos pela população geral.
“A nossa busca de resposta é a dificuldade que vivenciamos ao tentar participar de um mundo não inclusivo. Temos uma voz baixinha, nem todos escutam, não conseguimos nos impor. O enlace das pessoas por intermédio do Instagram, gente de todas as partes solicitando que a gente pudesse ser ouvido, é pelo que lutamos.”