Internações em UTI de hospitais privados caem, aponta levantamento

Um levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados revelou que as internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) em hospitais particulares diminuíram nas últimas duas semanas. Em decorrência da redução de 98% para 85% na taxa de ocupação, as instituições, inclusive, já retomaram a realização de cirurgias eletivas.

A entidade reúne os dados de pelo menos 56 hospitais de excelência que atendem em todo país. Segundo o levantamento, a região Sul é a que menos tem leitos de UTI ocupados na rede privada, com 80,4% de ocupação.

Em contrapartida, a região Sudeste é a que lidera o ranking com 87,3%, seguida pelas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste, que estão com 84%.

“Estava um cenário tão horroroso, com 150%, 160% de ocupação, que chegando agora em 85% e 90% é uma situação que em outras circunstâncias seria chamada de crítica, mas agora parece boa”, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto.

Kit intubação

No começo de abril, a Associação Nacional de Hospitais Privados informou que 75% dos filiados que responderam a uma pesquisa informaram que só teriam o abastecimento garantido de oxigênio, anestésicos e kit intubação por mais cinco dias.

Na ocasião, a entidade definiu a situação como de “grave escassez” para a maioria dos 88 hospitais que responderam. A Anahp informou que trabalhou para informar o Ministério da Saúde sobre o desabastecimento de insumos e tentar sanar os casos mais graves. A facilitação de trâmites para a importação desses produtos é tema de interlocução entre empresas e governo.

De acordo com o diretor-executivo, a escassez do medicamento ainda existe, mas há uma interlocução junto aos fabricantes nacionais de distribuidoras.