“Interlocução diminuiu”, diz Amorim sobre relação com Venezuela
Ex-chanceler e conselheiro internacional pessoal do presidente Lula declarou que “há mal-estar” no governo com regime de Maduro
atualizado
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O ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Celso Amorim, disse nesta terça-feira (29/10) que a interlocução com o regime de Nicolás Maduro na Venezuela “caiu” e que o Brasil segue sem legitimar o processo eleitoral do país.
As declarações foram dadas durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Segundo Amorim, isso se dá principalmente pela falta das atas prometidas por Maduro que nunca foram divulgadas, já que o Brasil apostou na realização de um pleito eleitoral isento.
O ex-chanceler confirmou que a relação com a Venezuela está comprometida, e que existe dentro do governo Lula um “mal-estar” com o país vizinho.
“Nós investimos muito na possibilidade de uma eleição isenta na Venezuela, e essas dúvidas todas criaram um mal-estar. Então, há um mal-estar, eu diria que esse mal-estar existe no governo. Eu torço que ele desapareça, mas isso vai depender de ações”, declarou o conselheiro internacional de Lula.
Nos últimos dias, as críticas do regime de Maduro contra Lula aumentaram. O Ministério Público da Venezuela acusou o presidente brasileiro de “forjar” seu acidente doméstico para não ir à cúpula dos Brics.