INSS troca de presidente, mas segue com interino no comando
No INSS, Glauco André Fonseca Wamburg entra no lugar de Larissa Andrade Mora, que já ocupava o cargo interinamente
atualizado
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Uma portaria assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, aponta mais um presidente interino para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Glauco André Fonseca Wamburg teve o nome publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (2/2).
Larissa Andrade Mora ocupava o cargo desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Assim, há mais de um mês, o INSS segue com um presidente interino.
Responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões a cerca de 37 milhões de cidadãos, o INSS foi um dos órgãos afetados pelos cortes do governo federal no fim do ano passado.
O então presidente do instituto, Guilherme Gastaldello, enviou alerta ao governo federal informando que “a falta dos recursos causará grave prejuízo ao funcionamento desta Autarquia”.
Segundo ele, isso ocasionaria suspensões de contratos, “a partir da próxima quarta-feira, dia 7/12/2022, bem como deslocamentos de servidores de forma imediata, impactando, consequentemente, no atendimento à população e na prestação dos serviços essenciais do INSS”.
Promessa de Lula
A falta de definição para a presidência definitiva do órgão afeta também uma das primeiras promessas de Lula assim que tomou posse. Em discurso no dia 1º de janeiro, o presidente assegurou que a fila do INSS acabaria – há uma espera de 5 milhões de processos, segundo a própria transição afirmou em dezembro de 2022.
“Vamos retomar a política de valorização permanente do salário-mínimo, e estejam certos de que vamos acabar mais uma vez com a vergonhosa fila do INSS, outra injustiça reestabelecida nesses tempos de destruição”, discursou Lula.
Glauco André Fonseca Wamburg, por sua vez, foi candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo PSD, mas não conseguiu se eleger. Antes, ele ficou durante cinco meses na presidência da Fundação Leão XIII, no segundo semestre do ano passado. O órgão é responsável por políticas de assistência social do governo no Rio.
No pedido de demissão, Wamburg afirmou que a fundação tinha poucos servidores e não contava com estrutura administrativa.