atualizado
O assassinato de Marielle Franco de acordo com a delação do ex-PM Élcio Queiroz
1º de janeiro de 2018
Ronnie Lessa contou para Élcio que estava planejando um crime. Ele teria dito que ele e o PM Edmilson, morto em novembro de 2021, estavam monitorando uma mulher há alguns meses (sem especificar quem era)
12 de março 2018
Dois dias antes do crime, o ex-PM Ronnie Lessa faz uma busca pelos CPFs de Marielle Franco e de sua filha, Luyara Santos. Em seguida, ele pesquisou o endereço da vereadora
14 de março 2018
12h – Ronnie liga para Élcio por meio de um app de chamadas instantâneas perguntando onde ele estava e dizendo que precisava de alguém para dirigir para ele
17h – Élcio vai encontrar Ronnie no condomínio em que o ex-PM morava na Barra da Tijuca. O delator deixa o carro e o celular a alguns metros do condomínio. Eles seguem juntos para a Lapa, no centro do Rio de Janeiro
17h34 – O Cobalt prata clonado passou pela rua Dom Rosalvo Costa Rêgo, conhecida como Estrada da Barra, altura do número 146, no Itanhangá
18h02 Há o registro da passagem do carro pela rua Conde de Bonfim, na esquina com a rua Uruguai, na Tijuca
18h50 – A dupla vê Marielle chegar ao endereço onde tinha uma agenda, mas eles decidiram esperar no Cobalt prata ela sair para executar o crime
19h – Marille Franco participa do encontro Jovens Negras Movendo as Estruturas na Lapa (RJ)
21h – Marielle e Fernanda Chaves, assessora de imprensa da vereadora, saem do evento e entram no Agile Branco, dirigido pelo motorista Anderson Gomes
21h30 – Segundo o investigador, os executores emparelharam com o veículo guiado por Anderson. Élcio dirigia e Ronnie estava no banco de trás armado
Ronnie atirou 13 vezes contra quem estava dentro do veículo. Nove tiros acertaram Marielle e Anderson. Apenas Fernanda sobreviveu
21h40 – A rota de fuga utilizada pelos suspeitos foi o trecho via Leopoldina, que dá acesso à Avenida Brasil. Depois, partiram para a Linha Amarela, até a última saída, em direção ao Méier. Então, pararam o veículo na residência de Lessa, interfonaram para o irmão dele e pediram um táxi
21h48 Ronnie e Élcio entram no táxi em direção à Barra da Tijuca para encontrar o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa em um bar. O trio fica no local bebendo e conversando até as 3h
*15 de março
Maxwell, Ronnie e Élcio descartam as cápsulas encontradas usadas no crime. O ex-bombeiro troca as placas do carro e, junto de Edmilson Oliveira da Silva, some com o veículo*
De acordo com Élcio, Edimilson teria sido responsável por intermediar o contato entre os mandantes e os assassinos.
Edimilson era sargento reformado da Polícia Militar e foi executado em novembro de 2021, aos 54 anos. Segundo testemunhas, dois homens em um carro branco atiraram contra ele na região de Bangu, na Zona Oeste do Rio
Élcio está preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa. Os dois serão julgados pelo Tribunal do Júri, mas a data do julgamento ainda não foi definida
Maxwell Simões Corrêa, principal alvo da Operação Élpis, está preso desde segunda feira (24/7). Edmilson foi morto em novembro de 2021