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Influenciadores bolsonaristas debocham do STF e das fake news: “Só memes”

Líderes da militância virtual governista, como Sara Winter, atacam voto do ministro Edson Fachin pela legalidade do inquérito 4781

atualizado

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Reprodução/YouTube
Sara Winter e inquérito do STF
1 de 1 Sara Winter e inquérito do STF - Foto: Reprodução/YouTube

Investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente formar uma rede de produção de desinformação e ataques coordenados a inimigos, incluídos nesta definição os próprios ministros da Corte, influenciadores bolsonaristas nas redes sociais aumentaram o volume das críticas com o início do julgamento da legalidade do inquérito no qual estão incluídos, o das fake news.

Na internet, personagens como Sara Winter, líder de um acampamento de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, e Allan dos Santos, editor de um site com conteúdo governista, atacaram e ironizaram o STF em várias plataformas. A provocação cresceu porque, segundo eles, é nisso que as acusações do inquérito relatado pelo ministro Alexandre de Moraes são baseadas: memes e postagens na internet, que, por mais que sejam agressivas, não podem ser consideradas crime.

“Tudo gira em torno de hashtags publicadas no Twitter”, afirma Allan dos Santos ao Metrópoles. “O que há sobre mim nesse apêndice são apenas tuítes. Uma vergonha a mais para esse inquérito inconstitucional. Ao mandar a Polícia Federal invadir minha casa e apontar uma pistola na minha esposa grávida por causa de tuítes, Alexandre de Moraes se comporta como um tirano inconsequente e imaturo”, completou, referindo-se à operação da PF da qual ele e outros influenciadores foram alvo por ordem do Supremo.

Nas redes sociais, o jornalista alegou que seu comportamento nas redes é algo previsto na garantia constitucional da liberdade de expressão, e voltou a atacar o ministro – como tem feito rotineiramente nas últimas semanas.

Santos negou que o inquérito trate de financiamento por empresários. “Até mesmo por não ter nada disso”, garantiu.

Veja postagens dele:

Já Sara Winter, cujo sobrenome verdadeiro é Giromini, desafiou a ordem de não expor partes do inquérito, porque ele tramita sob sigilo no Supremo, e mostrou em vídeo no YouTube uma postagem sua citada nos autos (imagem em destaque desta reportagem).

No post, que não foi apagado, ela diz: “Fui treinada na Ucrânia e digo chegou a hora de ucranizar”. No vídeo, Sara disse que se referia à defesa da proibição de menções ao comunismo. “O que quero é que comunismo seja exterminado”, diz a ativista, ao lado de seus advogados.

A líder dos 300 ironiza o inquérito e diz que teve seus direitos fundamentais violados “por produzir meme. Que crime hediondo. Nos Estados Unidos daria pena de morte”, discursou ela, sarcástica.

Veja uma de suas postagens no Twitter sobre o assunto:

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A coordenadora do grupo é uma das investigadas no inquérito do STF sobre fake news
Sara Winter é o "nome de guerra" da extremista de direita. Ela se chama Sara Fernanda Giromini
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Apoiadora ferrenha do governo Bolsonaro, ela defende bandeiras como o armamentismo

Facebook/Reprodução
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A coordenadora do grupo é uma das investigadas no inquérito do STF sobre fake news

Reprodução
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Sara Winter é o "nome de guerra" da extremista de direita. Ela se chama Sara Fernanda Giromini

Facebook/Reprodução

Editor do jornal Brasil Sem Medo, que tem entre seus idealizadores o professor on-line de filosofia Olavo de Carvalho, o influenciador Bernardo Kuster lamenta o fato de que o presidente Jair Bolsonaro “e seus generais” não farão nada para impedir a continuação do procedimento no Supremo.

Em vídeo postado na noite de quarta-feira (10/06) em seu canal no YouTube, ele também debochou do inquérito. “Quando li, oscilei entre xingamentos e risadas”, disse. “Esses autos são piada. Alexandre de Moraes não permitiu acesso aos autos antes porque não tem nada nesse inquérito ilegal. Porque seria desmoralizado, como está sendo”, atacou ainda.

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