Influenciador acusa Correios de não fazer entrega de doações ao RS
Leo Furlanetto afirmou por meio de vídeo que algumas das doações ao RS, feitas por ele e entregues ao Correios, nunca deixaram São Paulo
atualizado
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De acordo com o influenciador digital Leo Furlanetto, absorventes e engradados de água, arrecadados por ele e amigos para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul e entregues ao Correios, nunca foram entregues às vítimas das enchentes que assolaram o estado. “Eu queria saber por que as doações que a gente fez para o Rio Grande do Sul, quatro meses atrás, por causa da tragédia, ainda estão aqui em São Paulo”, questiona o influencer.
Assista ao vídeo de denúncia, que já tem 3 milhões de visualizações:
Leo Furtado faz referência ao programas do Correios que arrecadou, em mais de 10 mil agências espalhadas pelo Brasil, doações destinadas às vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul, de forma gratuita, com a promessa de que tudo seria entregue, em segurança.
Ele afirma que, em 7 maio, junto com a namorada e um amigo, entregou uma tonelada de água, entre vários outros itens, a uma agência do Correios. No dia seguinte, o grupo teria doado mais 4 toneladas de água, enlatados e absorventes. “Foram mais de R$ 15 mil arrecadados, mais de 200 cobertores feitos à mão”, conta Leo Furtado no vídeo.
De acordo com o influenciador, seu amigo Gustavo Foganoli, que também produz conteúdo para a internet, teve a ideia de rastrear as doações com AirTags, dispositivo de rastreamento desenvolvido pela Apple.
“[No dia de entregar as doações] a gente foi lá e botou uma Airtag dentro de um absorvente, dentro de um engradado de água e dentro de uma lata de sardinha”, explica. Após quatro meses, apenas as sardinhas foram entregues, denuncia Leo Furlanetto.
De acordo com o rastreamento feito pelos aparelhos, as doações de absorventes estão em um bazar, localizado em Sorocaba (SP), e os engradados de água estão em um galpão, em Guarulhos (SP).
“Eu queria muito uma explicação do Fabiano, a pessoa que responde pelo Correios, aqui no Brasil, do porquê as nossas doações não chegaram no Rio Grande do Sul, para aquelas pessoas que estavam passando por necessidade”, questiona.
O que diz o Correios sobre a denúncia?
Os Correios enviaram nota ao Metrópoles afirmando que “não existe desvio nem comercialização de doações destinados para o Rio Grande do Sul”. A empresa também esclareceu que “das mais de 30 mil toneladas de doações recebidas nas agências dos Correios, 24 mil toneladas foram entregues no Rio Grande do Sul e para entidades que foram autorizadas a receber donativos. Outras 10 mil toneladas seguem armazenadas em unidades dos Correios”.
Também, na nota, foi dito que “no início de julho, os Correios já tinham entregado mais de 8 mil toneladas de donativos ao Rio Grande do Sul, momento em que houve o esgotamento da capacidade de armazenamento naquele estado e sinalização, por parte das autoridades, de que não havia mais necessidade de envio de alguns tipos de itens que já estavam estocados”.
“Nesses casos, por decisão dos órgãos estaduais e nacionais envolvidos na campanha, os Correios puderam destinar os itens para instituições de caridade, ONGs e/ou órgãos municipais e estaduais”, conclui a nota.
