Influencers envolvidas: relembre polêmicas com o “jogo do tigrinho”
Fortune Tiger, mais conhecido como “jogo do tigrinho”, acumula polêmicas e milhares de pessoas enganadas
atualizado
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Investigações policiais, ameaças de morte, fraude e invasão nas redes sociais. Após espalhar as garras por todo o Brasil, o Fortune Tiger, mais conhecido “jogo do tigrinho”, como acumula polêmicas e milhares de pessoas enganadas.
Em Alagoas, a Operação Game Over teve como alvo duas criadoras de conteúdo que estavam envolvidas na divulgação do Fortune Tiger. Mylena Verolayne e Paulinha Ferreira, que juntas acumulam mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, ostentavam vida luxuosa no Instagram. Elas tiveram bens apreendidos durante a operação deflagrada na última semana, entre eles oito carros de luxo avaliados em R$ 5 milhões.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Mylena Verolayne cobrava R$ 80 mil para divulgar o “jogo do tigrinho”, com um detalhe: ela não jogava para não ficar frustrada quando perdesse.
Na última segunda-feira (17/6), a Polícia Civil de São Paulo foi atrás da influenciadora Larissa Rozendo Fonseca, que também foi alvo de investigação pela divulgação do “jogo do tigrinho”. Larissa tem mais de 300 mil seguidores nas redes sociais e, de acordo com a polícia, teve uma rápida evolução patrimonial. Ela comprou carros de luxo, uma moto aquática e uma casa de luxo, avaliada em mais de R$ 2 milhões, além de realizar viagens ao exterior.
Ameaça
No Distrito Federal, uma influenciadora foi ameaçada de morte quando decidiu abandonar o “jogo do tigrinho”. Ao Metrópoles, a vítima, que não quis se identificar, disse que rompeu a parceria após notar que não havia a menor hipótese de seus seguidores terem algum tipo de lucro com o jogo de azar.
As ameaças de morte começaram em menos de 24 horas após a desistência. Com informações pessoais sobre a influenciadora, os criminosos começaram a enviar uma sequência de mensagens ameaçadoras, principalmente fazendo menção à filha da brasiliense.
Perdeu tudo
Ex-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), Tamyla Guedes de Souza foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por aplicar uma série de golpes no DF e Goiás. A estelionatária teria embolsado R$ 800 mil, após enganar as vítimas com a falsa venda de consórcios contemplados.
O caso foi relatado pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) e aguarda oferecimento de denúncia pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo fontes ouvidas pela coluna Na Mira, a estelionatária — que nunca mais foi vista pelas vítimas — teria torrado a quantia em jogos de azar hospedados em plataformas digitais, como o “jogo do tigrinho”.
Invasão
Contas vinculadas ao “jogo do tigrinho” causaram diversas reclamações para os usuários do Instagram nas últimas semanas. Perfis têm seguido internautas e também há relatos de pessoas que foram marcadas em publicações de fotos. Os nomes criados para as contas do jogo seguem um padrão com telefones internacionais, fotos de perfis com o desenho do tigre e usuários complexos, geralmente compostos por números e códigos.
No X, antigo Twitter, as pessoas têm feito reclamações em relação à quantidade de spam que aparece no perfil do Instagram. “Abri o Instagram e um monte de conta do tigrinho começou a me seguir”, escreveu uma internauta. “Não aguento mais o perfil de jogo do tigrinho me seguindo no Instagram”, queixou-se outra.
PL dos cassinos e jogos de azar no Brasil
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (19/6), o projeto de lei (PL) 2.234/2022, que autoriza o funcionamento de cassinos e jogos de azar no Brasil. Foram 14 votos favoráveis e 12 contrários. A proposta permite a instalação de cassinos em polos turísticos ou complexos de lazer, como hotéis de luxo de pelo menos 100 quartos, resorts, restaurantes e bares, por exemplo.