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Mãe de jovem morta por serial killer recomeça a vida como influencer

Goiana Ada Marselha perdeu a filha, morta por um serial killer, há anos. Ela superou fase ruim e se tornou influencer com 414 mil seguidores

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goias digital influencer ada marsalha
1 de 1 goias digital influencer ada marsalha - Foto: Reprodução/Instagram

GoiâniaPerder um filho é a maior dor que uma mãe pode sentir. A digital influencer goiana Ada Marselha de Andrade Souza, de 43 anos, viu sua vida ser transformada ao conhecer de perto essa dor. Ela teve a filha de 14 anos assassinada por um serial killer há sete anos.

Após o trauma, ela reuniu forças e conseguiu se reerguer com ajuda do trabalho nas redes sociais, onde já soma cerca de 415 mil seguidores e mais de duas mil parcerias. Usando o bordão o “Pipoco de Goiás”, a influenciadora reúne fãs por onde passa.

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Ada com a filha Ana Lídia, morta por um serial killer
A influencer também mostra suas transformações ao longo do tempo
Ada faz postagens bem humoradas e gosta de mostrar a vida como ela é
A filha de Ada, Ana Lídia, foi assassinada a tiros em 2014
A digital influencer tem 43 anos e se supera diariamente após a perda da filha
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Ada conta que mudou muito interna e externamente

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Ada com a filha Ana Lídia, morta por um serial killer

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A influencer também mostra suas transformações ao longo do tempo

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Ada faz postagens bem humoradas e gosta de mostrar a vida como ela é

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A filha de Ada, Ana Lídia, foi assassinada a tiros em 2014

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A digital influencer tem 43 anos e se supera diariamente após a perda da filha

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Ada Marselha e Paulo Duarte

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A digital influencer com o esposo, Paulo Duarte

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Ada Marselha iniciou sua carreira no Instagram logo após a morte de sua filha, em 2014. A influenciadora compartilhou sua experiência e seu sofrimento com outras mães e foi na rede social que ela encontrou apoio e a possibilidade de trabalhar com a internet.

Sete anos após enfrentar o pior momento de sua vida, a influenciadora agora é conhecida pela força, pela superação e pelas postagens bem humoradas que faz diariamente em seu perfil. Com leveza e uma pitada de humor, ela apresenta sua rotina, as marcas de suas parcerias e também suas viagens.

Morta a tiros

A filha de Ada, Ana Lídia de Souza Gomes foi a última vítima de um assassino em série, que matou 42 pessoas na capital goiana, em 2014. A adolescente levou três tiros em um ponto de ônibus e morreu no local. A menina tinha 14 anos. Logo após o crime, Ada recebeu uma ligação do celular da filha informando sobre um caso. Ela foi até o local e viveu o pior momento de sua vida.

“Foi um desespero, uma dor que eu nunca pensei que fosse sentir. A tristeza tomou conta de mim, eu dizia que nunca mais voltaria a sorrir. Deixei meu emprego na época como gerente de loja, tive um início de depressão e perdi dez quilos. Tive que tomar remédio para dormir, para acordar, para comer. Fiquei muito debilitada”, conta ela.

Foram seis meses vivendo o luto, até que Ada foi convidada para visitar um centro espírita, onde compartilhou sua dor com pessoas que tinham histórias semelhantes e deu início ao seu processo de recuperação. Nesse mesmo período, Ada também ingressou no universo das redes sociais para contar suas experiências, apoiar e motivar outras pessoas.

Entrada nas redes sociais

Ao Metrópoles, Ada contou que antes de se profissionalizar no mundo digital, ela entrou nas redes sociais até para se sentir mais próxima da filha. “A minha filha sempre estava nas redes sociais e sempre falou muito para mim sobre isso. Naquela época o aplicativo do momento era o Snapchat, mas eu não achava muita graça. Depois que ela faleceu, essa foi uma forma até de estar mais próxima dela”, conta a influencer.

A blogueira relatou que trabalhar sempre foi uma realidade para ela desde muito nova. Ao longo de sua vida, Ada foi vendedora em muitas lojas e, aos finais de semana, para completar sua renda, também vendia roupas e acessórios em feiras de Goiânia. Com a experiência adquirida, ela também foi se qualificando até se tornar gerente de loja e embarcar de vez no universo da moda.

“Eu fui gerente de loja, vendedora, fui feirante também, trabalhei muitos anos com moda, com essa parte realmente de lidar com pessoas. Mas foi nas redes sociais que encontrei uma forma de mostrar a minha vida, o meu cotidiano, de forma bem humorada e, de forma bastante simples e muito natural, as pessoas foram gostando”, diz ela.

Ela, então, saiu do emprego e montou sua própria loja em sociedade com uma amiga. Foi assim que ela começou a divulgar as peças da loja, de maneira inicialmente despretensiosa. “Mas as pessoas gostaram e foram chegando. Pediam para que eu fizesse o mesmo tipo de divulgação para outras empresas”, conta.

Ela relembra que foi como se uma chama fosse acesa e alimentada. “Com isso, eu fui fazendo muita permuta, com todos os tipos de estabelecimento. Trabalhava com salão de beleza, clínica de estética e lojas de calçados e acessórios. E os resultados foram ficando cada vez mais positivos, até se transformar no meu trabalho exclusivo”, completa Ada.

A vida como ela é

Ada conta que, no começo, não tinha o apoio total da família para seguir sua carreira na internet. “Alguns pessoas falavam para eu não trabalhar com isso, que Instagram não dava futuro. Uns estavam preocupados, outros com inveja, mas eu não desisti”, pontuou a ex-vendedora. Segundo ela, a carreira que começou de maneira despretensiosa, se transformou e agora gera conteúdos carregados de humor e mostrando a vida real.

A profissionalização se deu quando decidiu contratar um empresário para auxiliar na sua atuação nas redes sociais. “Eu pedia para Deus uma pessoa que acreditasse no meu potencial, foi quando o Paulo, que é formado em Marketing, me mandou uma mensagem. Nós conversamos, ele começou a trabalhar comigo, nos aproximamos e hoje ele é meu empresário e esposo”.

Superação

Ada ressalta que foi muito importante no processo para transformar a dor da perda de Ana Lídia em saudade, a troca de informações e experiências com outras pessoas. “Nada como o tempo. A saudade, a falta que uma mãe sente depois que perde um filho, isso é inexplicável, mas a gente aprende a ser forte, aprende a conviver, a ter fé e a inspirar outras pessoas, mulheres, mães que também passaram por essa mesma dor”, explica.

Mas ela reconhece que é um processo longo e doloroso. “Não é fácil, realmente é um pedaço da gente que se vai, mas temos que ter muita fé para motivar outras pessoas e nos motivar também. Eu procuro ter pensamentos positivos para lidar com essa perda e seguir adiante”, disse a influenciadora. 

Ela destacou que nada acontece por acaso e que a perda da filha serviu para que ela transformasse sua vida. “Foi para eu acordar, conquistar minha independência. Hoje não tenho medo de nada, não tenho medo de enfrentar qualquer obstáculo. O sofrimento nos amadurece, ele é necessário muitas vezes”, diz ela.

Depois de todo essa transformação, Ada hoje se considera uma mulher realizada e feliz. Com a agenda repleta de parcerias e viagens, ela afirma que seu grande diferencial é mostrar a vida como ela é. “Eu me mostro sem firulas. Faço postagens bens humoradas, mostrando a minha realidade. Penso na minha filha todos os dias e isso nunca vai mudar, mas sei que ela é que me dá forças para seguir aqui, fazendo o que eu faço, conquistando meu sonhos”, conclui.

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