Influencer que matou recém-casado é indiciado por homicídio doloso
O influencer Vitor Vieira Belarmino está foragido desde o dia do atropelamento e morte do recém-casado Fábio Toshiro Kikuta, em 13 de julho
atualizado
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) indiciou o influencer Vitor Vieira Belarmino, que teria atropelado e matado o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, por homicídio doloso — quando há a intenção de matar.
Vitor Belarmino está foragido desde o dia do ocorrido, 13 de julho. Fábio Toshiro Kikuta tinha acabado de se casar quando foi atingido por uma BMW dirigida pelo influencer na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
Segundo a polícia, o veículo estava a 109 km/h na hora do choque, mas chegou a 160 km/h momentos antes de atropelar o fisioterapeuta. O limite de velocidade da via é de 70 km/h.
O Metrópoles entrou em contato com a defesa do influencer, mas até a publicação desta reportagem não houve manifestação. O espaço segue aberto.
O acidente
Imagens de um circuito de segurança mostram o momento em que Fábio Toshiro Kikuta, acompanhado da esposa, Bruna Kikuta, atravessa a avenida e é atingido pelo veículo conduzido pelo influencer Victor Vieira Belarmino.
Veja:
A vítima deixou a festa do próprio casamento por volta das 22h do dia 13 de julho, em um sítio em Guaratiba, e estava deixando as malas no hotel. De acordo com parentes, o casal deixou os pertences no quarto e desceu para passear.
Uma testemunha afirmou que, com o impacto do atropelamento, o corpo de Fábio foi projetado para dentro do BMW. Os ocupantes do veículo teriam parado, deixado o corpo na via pública e, depois, fugido.
Após quase dois meses do ocorrido, Victor Vieira Belarmino ainda está foragido.
Viúva de atropelado no RJ apela por “lucidez”
A dor da perda é sempre intensa, mas para a viúva Bruna Villarinho Kikuta, a angústia é ainda maior diante da impunidade que cerca o caso de seu marido, Fábio Toshiro Kikuta, morto atropelado pelo influenciador Vitor Vieira Belarmino.
Em entrevista ao Metrópoles, Bruna, que presenciou o acidente, desabafou sobre a dor e a angústia de viver com a incerteza de não saber se o responsável pela tragédia será levado à Justiça.
“Não poder ter a certeza de que Vitor irá responder pelo que causou é muito angustiante para mim e para todos os familiares e pessoas que gostavam do meu marido. Acredito que a polícia esteja fazendo o seu trabalho e preciso crer que ele será encontrado ou, num momento de lucidez, irá se apresentar”, afirmou a viúva, abalada.
“Nada trará o Toshiro de volta, mas saber que ele [Vitor] irá responder pelos atos e escolhas dele trará algum conforto e confiança para nós, familiares”, declarou Bruna.