Influencer é condenada a 9 anos por morte após briga em distribuidora
Murielly Alves Costa foi condenada a 9 anos e 3 meses de prisão após decisão do júri popular. Empresária prensou vítima contra muro
atualizado
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Goiânia – A empresária e digital influencer Murielly Alves Costa, de 28 anos, foi condenada a 9 anos e 3 meses de prisão após decisão do júri popular, na capital goiana. Ela matou Bárbara Angélica Barbosa Silva atropelada e tentou matar a esposa da vítima, Kamylla Lima, em uma distribuidora de bebidas na capital após uma briga.
A empresária deverá cumprir pena em regime fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia. Ela já estava presa enquanto aguardava julgamento.
O júri, que aconteceu na última sexta-feira (29/9), teve duração de mais de 10h.
Relembre o crime
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), as vítimas Bárbara e Kamyla estavam na distribuidora com outras pessoas quando a acusada chegou, começou a provocar os clientes e agrediu o filho do dono do estabelecimento. Algumas pessoas, entre elas as vítimas, tentaram conter a empresária, o que gerou uma discussão entre elas.
Kamyla jogou um copo com cerveja na cabeça da acusada e atravessou com a esposa para o outro lado da rua. Murielly entrou no carro e o jogou contra o casal. Ela foi atropelada e arremessada contra um açougue, mas sobreviveu. Já Bárbara conseguiu se desviar e tentou tirar a chave da ignição do carro. Porém, a empresária conseguiu dar ré e a atingiu, prendando-a contra uma pilastra. A vítima morreu no local.
A empresária foi presa horas depois, em Nerópolis, na região metropolitana de Goiânia. O veículo foi apreendido e periciado. Na decisão, o juiz também manteve a prisão preventiva da ré e recusou o pedido de substituição da prisão preventiva domiciliar feita pela defesa. Nós não conseguimos contato com os advogados de Murielly.
Ciência dos fatos
Um laudo da Polícia Técnico-Científica apontou que Murielly tinha uma visão clara das vítimas antes de atingi-las com o carro. De acordo com o documento, assinado pela psiquiatra da junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), a mulher era capaz de entender o que estava fazendo no momento do ato. Ainda de acordo com o laudo, Murielly sofre de transtorno de personalidade, mas tem consciência de seus atos.
Conforme o laudo, mesmo na prisão, Murielly faz uso de remédios para tratar alcoolismo, transtorno bipolar e depressão. O documento aponta que ela usou medicamento para epilepsia até os 5 anos.
A empresária relatou que começou a fazer tratamento psiquiátrico aos 13 anos, depois de sofrer um suposto abuso, mas a terapia era feita de forma irregular. Ela contou que começou a consumir bebida alcoólica aos 13 e fazia isso todos os dias. Na prisão, ela está usando remédio para tratar alcoolismo, transtorno bipolar e depressão.