Inflação do aluguel encerra o ano em 23,14% e tem a maior alta desde 2002
Apesar de o índice ser muito usado nos contratos de aluguel, repasse para os contratos tem sido limitado pela situação econômica do país
atualizado
Compartilhar notícia
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador conhecido como “inflação do aluguel”, por ser muito usado para o reajuste desses contratos, terminou o ano com alta 23,14%, o maior patamar desde 2002, quando o índice acumulou alta de 25,31%. Em dezembro, porém, o índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), desacelerou e ficou em 0,96%, bem abaixo dos 3,28% registrados em novembro.
Apesar do forte crescimento do indicador no ano, a situação econômica do país, em geral, tem limitado o seu repasse integral para os contratos. O que tem acontecido é uma grande negociação entre as partes, com reajustes muito mais baixos que a alta de mais de 20% no ano.
O alívio na taxa em dezembro foi puxado pela desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M, um dos componentes do IGP-M) de 4,26% em novembro para 0,90% em dezembro. Apesar disso, o indicador de preços no atacado acumulou alta de 31,63% em 2020, também a maior desde o resultado de 2002 (33,64%).
Na outra ponta, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M, outro componente do IGP-M) ganhou tração e avançou 1,21% em dezembro, após alta de 0,72% em novembro, informou a FGV. O indicador acumulou avanço de 4,81% em 2020, o maior desde os 6,25% de 2016.
Já o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M, o último integrante do IGP-M) desacelerou de 1,29% em novembro para 0,88% em dezembro, conforme divulgado na última quarta-feira, 23. O indicador acumula alta de 8,66% em 2020, a maior variação anual desde os 12,0% registrados em 2008.