“Inflação está controlada no Brasil”, diz Haddad após IPCA de março
Haddad comemorou resultado de março do IPCA, que mede a inflação oficial do país. Indicador ficou em 0,16%, abaixo das previsões do mercado
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou, nesta quarta-feira (10/4) o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, de março. O indicador ficou em 0,16% no terceiro mês do ano, mostrando desaceleração em relação a fevereiro, quando parou em 0,83%.
A informação foi divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Haddad iniciou dizendo que vem conversando com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para dar prosseguimento à agenda iniciada no ano passado.
“Eu já me reuni com o presidente Lira, já me reuniu com o presidente Pacheco, para que nós tenhamos clareza de que o trabalho do ano passado foi muito importante”, disse Haddad.
Mas também afirmou que é preciso “completar esse trabalho”. “Nós precisamos fechar o ciclo de ajuste das contas para que esses ganhos que nós tivermos do ponto de vista de risco do país, do ponto de vista de inflação”, defendeu o ministro a jornalistas, na portaria do Ministério da Fazenda.
Ele prosseguiu frisando que a inflação veio “bem abaixo do previsto”. O IPCA de março ficou abaixo das estimativas do mercado, que apontavam para inflação de 0,25% no mês.
“Ou seja, a inflação está controlada no Brasil, a gente vem dizendo isso reiteradamente, que a inflação está cada vez menor no Brasil, nós não estamos comprometendo de maneira nenhuma o compromisso com o poder de compra do salário, a massa salarial está crescendo, o emprego está crescendo, com a inflação baixa.”
No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2023, a variação havia sido de 0,71%.
Além da inflação, “ciclo de decisões”
Haddad aproveitou o gancho para dizer que ainda há “um ciclo de decisões para serem tomadas” em conjunto entre os Três Poderes e elogiou o Judiciário.
“O Judiciário tem nos ajudado muito, as decisões mais importantes do Judiciário têm dado ganho de causa para a União, para a Advocacia-Geral da União, é um trabalho, não vai ter espaço fiscal se você não fizer esse trabalho, nós temos que ir fazendo esse trabalho todo dia praticamente, de não deixar escapar do controle, o que aconteceu nos últimos 10 anos”, salientou.
Ele ainda criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o último ano de gestão, 2022, registrou um superávit “falso”.
“No ano de 2022, o governo de então mandou um orçamento com um déficit e sem a previsão de pagamento de Bolsa Família e de precatório, já com déficit. Às vezes eu ouço comentários do tipo: ‘Ah, no último ano do governo Bolsonaro teve superávit’. É um superávit falso, com base num calote e uma lei orçamentária que foi encaminhada para 2023, com um déficit de mais de R$ 60 bilhões, onde não estava previsto o pagamento do Bolsa Família nem do calote dos precatórios.”