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Indiciados pela PF: saiba quem é quem no assassinato de Dom e Bruno

PF anunciou a conclusão do inquérito nesta segunda-feira (4/11). Jornalista e indigenista foram assassinados na Amazônia em junho de 2022

atualizado

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protesto pela morte do indigenista bruno pereira e jornalista britânico dom phillips - Metrópoles
1 de 1 protesto pela morte do indigenista bruno pereira e jornalista britânico dom phillips - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

A Polícia Federal (PF) informou nesta segunda-feira (4/11) a conclusão do inquérito referente ao duplo assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, ocorrido em junho de 2022 no Vale do Javari, na Amazônia.

Eles foram vítimas de uma emboscada, armada por uma organização criminosa liderada por Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia” e apontado como o mandante do crime. De acordo com a investigação, as mortes teriam ocorrido por causa das atividades fiscalizatórias promovidas por Bruno na região, em defesa da preservação ambiental.

Ao longo de mais de dois anos de investigação, a PF identificou e indiciou os supostos envolvidos no caso. Além do autor intelectual, existem, ainda, pessoas que atuaram na execução de Dom e Bruno e que confessaram os assassinatos à polícia, enquanto outras se encarregaram pela ocultação dos cadáveres.

Rubén Dario, o Colômbia, foi quem, segundo a polícia, encomendou as mortes, patrocinou financeiramente as atividades do grupo criminoso e forneceu os cartuchos utilizados no duplo assassinato, conforme laudo pericial. A organização estaria ligada à pesca e caça predatórias na região.

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Rubén Dario da Silva Villar, o Colômbia, mentor dos assassintos de Bruno e Dom
Manifestação em frente a Funai após mortes de Dom e Bruno
O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.
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Dom Phillips e Bruno Pereira

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Rubén Dario da Silva Villar, o Colômbia, mentor dos assassintos de Bruno e Dom

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Manifestação em frente a Funai após mortes de Dom e Bruno

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O sumiço foi na reserva indígena Vale do Javari, no Amazonas.

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Protesto na Funai

Material cedido ao Metrópoles
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As buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira entram no 11º dia

Divulgação/Polícia Federal

Divisão de funções na execução do crime

De acordo com os indiciamentos feitos pela PF no decorrer do inquérito, as funções na execução do duplo homicídio qualificado foram divididas da seguinte forma:

Mandante e autoria intelectual: 

– Rubén Dario da Silva Villar, vulgo Colômbia

Informante e braço direito do autor intelectual

– Jânio de Freitas de Souza, apontado como braço direito de Colômbia

Supostos Executores

– Amarildo da Costa de Oliveira, vulgo Pelado

– Jefferson da Silva Lima, vulgo Pelado da Dinha

– Oseney da Costa de Oliveira, vulgo Dos Santos, irmão de Amarildo

Ocultação de cadáver

– Eliclei Costa de Oliveira, vulgo Sirinha

– Amarílio de Freitas de Oliveira, vulgo Dedei

– Otávio da Costa de Oliveira, vulgo Guerão

– Edivaldo da Costa de Oliveira, irmão de Amarildo

– Francisco Conceição de Freitas, vulgo Seu Chico

Além da execução de Dom e Bruno, Amarildo e Jefferson, que confessaram o crime à polícia, também teriam participado na ocultação dos cadávares, conforme o inquérito. Além disso, eles respondem, também, pelo crime de corrupção de menores

TRF-1 retirou acusação contra um dos “executores”

Entre esses nomes mencionados, no entanto, existe uma observação em relação à suposta participação de Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”. Em setembro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) acatou um recurso protocolado por ele e derrubou a deliberação anterior da Justiça Federal de Tabatinga (AM), que havia determinado o julgamento dele no Tribunal do Júri.

O colegiado entendeu que não há provas da participação concreta de Oseney nos homicídios e determinou a soltura dele, com uso de tornozeleira eletrônica. Os demais executores – Amarildo e Jefferson – seguem presos. Os desembargadores apontaram que a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) não o colocou na cena do crime.

O desembargador Marcos Augusto de Sousa, relator do acaso, expôs o seguinte: “O réu estava nas proximidades do local do crime. Local do crime e cena do crime são coisas diferentes”. Oseney é irmão de Amarildo e teria dado uma carona a ele, de canoa, no dia dos assassinatos.

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