Indiciados ex-vigilantes penais por regalia a preso em troca de lanche
De acordo com investigação, detento pagava refeições com cartão bancário dele. Em troca disso, recebia tratamento VIP em cadeia de Goiás
atualizado
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Goiânia – A Polícia Civil de Goiás indiciou três ex-vigilantes penitenciários temporários e um detento do presídio de Jaraguá, centro de Goiás, a 121 km da capital. De acordo com a investigação, o preso comprava lanches para os funcionários e, em troca, recebia regalias e tratamento diferenciado na prisão.
O detento, segundo a Polícia Civil, usava o seu cartão do banco para pagar inúmeros lanches para alguns vigilantes penitenciários. Em contrapartida, de acordo com a investigação, os servidores concediam benefícios a ele. O homem, por exemplo, poderia receber encomendas fora do horário permitido sem autorização da direção do presídio.
Os quatro suspeitos (os três ex-VPTs e o preso) foram indiciados na terça-feira (24/5). As investigações começaram há cerca de dois anos, depois de a direção da unidade suspeitar que o preso recebia tratamento diferenciado.
Investigação
A apuração teve início por meio de procedimento do presídio da cidade, em que o diretor apurava possíveis irregularidades cometidas por vigilantes penitenciários temporários e pelo detento. Por isso, à época, a polícia instaurou inquérito.
A partir das diligências, a Polícia Civil descobriu a troca de favores entre os vigilantes penitenciários e um dos presos em Jaraguá.
Com a conclusão do inquérito, os três ex-vigilantes penitenciários temporários devem responder corrupção passiva majorado, e o detento, que continua preso, por corrupção ativa majorado. O inquérito policial será encaminhado ao poder judiciário.
Por meio de nota ao Metrópoles, a Superintendência de Segurança Penitenciária da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária informou que os investigados foram afastados do serviço em 2020, assim que se verificou a possibilidade de irregularidades. Com a confirmação, foram desligados. Informou ainda que todas as informações necessárias foram repassadas à Polícia Civil ao longo da investigação.
O Metrópoles não conseguiu contato da defesa dos indiciados, já que os nomes deles não foram divulgados pela polícia.
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