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Indicação de Kassio Marques para o STF desagrada influenciadores de direita

No Twitter, as reações variaram entre críticas abertas, descrença na escolha ou silêncio completo sobre o assunto

atualizado

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Ascom/TRF1
Kassio Nunes Marques 2
1 de 1 Kassio Nunes Marques 2 - Foto: Ascom/TRF1

A escolha do desembargador Kassio Nunes para ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) não agradou à militância de direita no Twitter. Perfis-chave de bolsonarismo não pouparam críticas ao jurista piauiense.

No melhor dos casos, houve um silêncio completo ou a admissão de que o presidente não teve escolha e é pressionado pela classe política. Não houve defesa aberta do nome escolhido entre os internautas da franja mais radical dos influencers governistas.

Para avaliar como foi a repercussão, o (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, analisou as postagens de 14 perfis defensores de Bolsonaro. Entre eles há dois parlamentares – os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF) e Carlos Jordy (PSL-RJ) -, blogueiros de direita e o escritor Olavo de Carvalho, espécie de guru ideológico desse bolsonarismo “raiz”.

O que mais se aproximou de uma defesa entre os perfis analisdados veio de Kicis e Jordy: um silêncio absoluto em relação ao assunto. Até o fechamento desta reportagem, eles não haviam se pronunciado sobre o assunto no Twitter.

Por outro lado, jornalistas e blogueiros da direita não pouparam os ataques. O articulista Rodrigo Constantino, que costuma defender o governo de críticas classificou a escolha como “o pior erro de Bolsonaro”.

O problema para ele e outros expoentes da extrema-direita é a proximidade de Nunes com o que eles chamam de establishment ou com a esquerda.

As posições de Nunes em relação ao tratamento da Covid-19 com hidroxicloroquina ou sobre a questão armamentista também não agradaram.

Para justificar a escolha, o presidente Jair Bolsonaro alegou uma falta de alternativas, entre outras razões. A desculpa não colou entre sua militância digital.

O que eles querem

A ala da militância ligada ao escritor Olavo de Carvalho, cada vez mais isolada do poder à medida que Bolsonaro converge ao Centrão, sonhava com uma indicação muito mais conservadora, inspirada na escolha do presidente norte-americano Donald Trump para a Suprema Corte, a juíza Amy Coney Barrett.

O nome dos sonhos dos olavistas para o Supremo é o do jurista Ives Gandra da Silva Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) desde 1999. Esse sim “terrivelmente” conservador e católico.

O grupo também combate os outros nomes que vinham cotados para a indicação, dos ministros Jorge Oliveira e André Mendonça, por também considerá-los aquém do conservadorismo desejado.

 

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