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Indenizações: Flamengo ofereceu R$ 700 mil e pensão de 3 salários

Clube aumentou proposta em relação ao oferecido ao Ministério Público e Defensoria, mas não houve acordo com as famílias das vítimas

atualizado

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Adolescentes mortos no CT do Flamengo
1 de 1 Adolescentes mortos no CT do Flamengo - Foto: null

Terminou sem acordo a tentativa de mediação feita pelo Tribunal de Justiça do Rio com as famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu e representantes do Flamengo. No primeiro encontro, os parentes dos atletas mortos, acompanhados de advogados, sinalizaram com o interesse de tentar um entendimento, mas, em seguida, apresentaram um valor ao clube que era próximo do sugerido pelo Ministério Público e Defensoria. As informações são de O Globo.

O Flamengo se recusou a aceitar a proposta de R$ 2 milhões por família mais uma pensão mensal de R$ 10 mil até quando os jogadores completassem 45 anos. O clube alega ter aumentado a proposta feita ao MP. Em vez de R$ 400 mil de indenização por família, chegaria a R$ 700 mil. Com pensão passando de um para três salários mínimos por 10 anos. As famílias e os advogados consideraram os valores longe do ideal e cancelaram a mediação.

Familiares de jovens que morreram na tragédia do último dia 8 reclamaram da ausência de membros da diretoria rubro-negra e chegaram a classificar como “brincadeira” e “tortura” a postura do clube.

“Estou perplexo com a atitude do Flamengo. É uma falta de respeito com os pais. Estão brincando com a vida dos nossos filhos. É tortura o que o Flamengo está fazendo conosco”, afirmou Cristiano Esmério, pai do goleiro Christian Esmério, que tinha 15 anos.

“Viemos aqui como bobos, palhaços, desamparados por todos. Não nos sentimos acolhidos, principalmente pelo Flamengo”, completou Cristiano, bastante abalado.

Mais cedo, o desembargador Cesar Cury, que conduzia a mediação, chegou a mostrar otimismo de que um acordo pudesse ser costurado entre as famílias e o Flamengo em dois meses.

Após a proposta do Flamengo, no entanto, os familiares das vítimas se reuniram e fizeram uma contraproposta, cujos valores não foram divulgados. Os advogados rubro-negros comunicaram que não havia acordo. Diante disso, as famílias resolveram encerrar a mediação.

Processo de negociação
“As famílias estavam dispostas a ouvir. Aí o Flamengo fez uma proposta e não era condizente com o que as famílias esperavam. Depois, elas se reuniram sem o Flamengo e fizeram uma proposta de consenso. O clube não concordou. Pedimos que os advogados levassem a questão ao presidente e não foi possível acordo. As famílias, então, decidiram encerrar o processo de negociação”, disse Cinthia Guedes, representante da Defensoria Pública.

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