Pela 8ª vez consecutiva, Metrópoles vence o Prêmio CNT de Jornalismo
A reportagem “Estradas de Papel”, do Metrópoles, levou a categoria Webjornalismo
atualizado
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Pelo oitavo ano seguido, o Metrópoles venceu o Prêmio CNT de Jornalismo. A reportagem Estradas de papel levou a categoria Webjornalismo. Também ganharam trabalhos de O Estado de S. Paulo e TV Globo.
O troféu será entregue no início do mês de dezembro em uma grande festa para celebrar as 30 edições do prêmio.
Na reportagem investigativa Estradas de papel, as jornalistas Jade Abreu, Sarah Teófilo e Natália Portinari apuraram que mais da metade das obras de pavimentação da Codevasf, com verbas federais, ficam só na promessa. De 2021 para cá, a estatal teve um boom de contratos, que somam mais de R$ 1 bilhão, mas as empreiteiras protelam os serviços e se beneficiam de um modelo atípico de contratação que dificulta a fiscalização e facilita os desvios.
O Metrópoles percorreu 1,8 mil quilômetros pelo país e conferiu a decepção e o drama de brasileiros que dependem das vias. A indignação das vítimas foi captada pelas lentes de Breno Esaki, Hugo Barreto e Igo Estrela. A equipe de vídeo, coordenada por Gabriel Foster, editou as imagens – participaram do trabalho Bethânia Cristina, Gabriel Foster, Giuliano Gazzoni, João Andrade, Leonardo Hladczuk, Lucas Viana, Renato Nagano e Vanessa Neiva.
Gui Prímola, Caio Ayres e Yanka Romão criaram a linha visual. Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Rodrigo Rangel, Daniel Ferreira e Michael Melo editaram o material. Bárbara Sousa, Daniel Mendes, Italo Ridney, Mateus Moura, Saulo Marques e Wellington Gabriel desenvolveram os códigos para transformar o material em um especial multimídia.
A reportagem Cargueiros do pó, do Metrópoles, também concorria na categoria Webjornalismo.
Sobre o prêmio
Concedido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o prêmio é um dos mais tradicionais no jornalismo nacional. São avaliadas matérias de todo o país sobre transporte e trabalhadores do setor, com a intenção de alertar a sociedade e o poder público acerca da importância da atividade nos âmbitos econômico, social, político e cultural do Brasil.
As reportagens e fotografias inscritas nesta 28ª edição foram validadas pela comissão organizadora, composta por cinco jornalistas com atuação acadêmica. Os trabalhos finalistas foram submetidos à avaliação da comissão julgadora do prêmio.
Neste ano, fizeram parte do corpo de jurados: Alex Capella, jornalista do Senado Federal; Luiz Megale, jornalista e apresentador da Band; Marina Amaral, diretora da Agência Pública; Milton Jung, âncora da CBN; e Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.
O Metrópoles já venceu oito vezes o Prêmio CNT de Jornalismo. No ano passado, a reportagem O progresso passou e se esqueceu de mim levou as categorias Internet e Fotojornalismo. Na edição anterior, a reportagem A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia: rodovias que separam o sonho do pesadelo levou a categoria Webjornalismo.
A matéria Invisíveis no banco da frente ganhou a categoria Internet em 2020. Há três anos, a reportagem Carros-fortes, homens indefesos levou duas categorias: Fotografia e Internet.
Na edição anterior, a matéria Caminhoneiras, codinome coragem ficou em primeiro lugar entre os trabalhos on-line. Em 2016, venceu o troféu com a reportagem Avisa quando chegar – O assédio que paralisa as mulheres e, em 2017, ganhou a matéria Transbrasil – Um embarque para o crime nas rodovias brasileiras.