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Morre o jornalista e crítico Bernardo Scartezini

Bernardo Scartezini tinha 46 anos e carreira que incluía passagem por jornais e sites, como o Metrópoles

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Foto colorida mostra o jornalista e crítico Bernardo Scartezini
1 de 1 Foto colorida mostra o jornalista e crítico Bernardo Scartezini - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O jornalista e crítico de artes plásticas Bernardo Scartezini morreu, nesta segunda-feira (20/2), aos 46 anos, em casa. Ele tinha problemas cardíacos e chegou a ser internado por arritmia nas últimas semanas. Ao longo da carreira, ele teve passagens por jornais, revistas, pela Rádio Cultura FM e pelo portal Metrópoles.

No Metrópoles, Bernardo Scartezini assinou até 2019 a coluna Plástica, dedicada a desbravar o mundo das artes do Distrito Federal. No site, assinou também reportagem especial sobre o bombeiro-cineasta Afonso Brazza.

O especial Candango Django recuperou os clássicos de Brazza. Aqui, vale uma curiosidade. Ao longo da trajetória na cultura brasiliense, Scartezini também foi ator: fez participação no longa Tortura Selvagem – A Grade do bombeiro-cineasta.

“Puxei o revólver no meio da Feira da Torre. E atirei pelas costas, num gesto covarde. Um único tiro e o sujeito caiu morto a distância. Ainda hoje carrego uma certa culpa. E talvez por isso ainda hoje eu evite assistir a filmes de ação”, escreveu Scartezini, em artigo, ao lembrar da experiência.

Formado em teoria crítica e história da arte, pela Universidade de Brasília, em 2021, ele também trabalhava com curadoria de exposições de arte, em parceria com o galerista Dalton Camargos. A última exibição veio em julho de 2022, no CasaPark, na mostra Naturezas Mortas, Retratos e Paisagens.

Amplo conhecimento de música e arte

Flamenguista e respeitado pelo vasto conhecimento de música e arte em geral, atualmente tinha um programa na Radioweb Cult 22 chamado Bloodbuzz. Ele, inclusive, deixou gravado o último deles, que vai ao ar na noite desta segunda (20/2). E há quase 8 anos fazia um bloco mensal no Cult 22, o Honky Tonk, sempre na primeira sexta-feira de cada mês. Foi produtor dos programas Marco Zero e Anjos da Noite, feitos pelas rádios Cultura e Câmara FM, respectivamente.

“O Bernardo foi um dos meus melhores amigos, grande parceiro de programas de rádio, um dos caras mais inteligentes que já conheci. Sabia muito sobre música, cinema, literatura, artes em geral. Um sujeito brilhante”, define Marcos Pinheiro, apresentador do Cult 22 e produtor cultural da cidade.

Pinheiro publicou homenagem ao amigo. Veja:

Guilherme Lobão, jornalista cultural e professor, lembra de como todos os amigos o chamavam carinhosamente: Berna. “Berna era dono de uma genialidade e de uma sensibilidade ímpares para ler a sociedade, sempre pelo prisma da cultura. Ele transformava qualquer pequeno fato corriqueiro do dia a dia em uma discussão estética sobre a vida, assim, espontaneamente”, ressalta Lobão.

“Era capaz de ensinar generosamente sobre música e cinema no bate-papo desinteressado e, de repente, ficar com os olhos marejados tamanha a intensidade com a qual se relacionava com a arte. Mas ele mantinha um olhar curioso de aprendiz sobre tudo o que não conhecia. Foi, enfim, um grande amigo, muito dado à escuta e de muito caráter”, conclui o jornalista.

O velório será na capela 10 do Campo da Esperança, na Asa Sul, das 9h às 11h. Depois será cremado.

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