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Metrópoles vence duas categorias do Prêmio Policiais Federais de Jornalismo

A matéria Meninos-soldados: a infância a serviço do tráfico de drogas concorria com trabalhos de Webjornalismo e levou a Votação On-line

atualizado

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Pelo quarto ano consecutivo, o Metrópoles é vencedor do Prêmio Policiais Federais de Jornalismo. A matéria Meninos-soldados: a infância a serviço do tráfico de drogas levou a categoria Webjornalismo e ainda ganhou o Voto On-line – troféu escolhido pela votação dos policiais federais de todo o Brasil.

Os vencedores foram anunciados na noite de quinta-feira (10/12), em live transmitida no canal do Sindipol/DF no YouTube. Devido à pandemia, o tradicional coquetel não foi realizado.

Trabalhos do portal Uol, jornal Zero Hora, da revista Época, rádio CBN e TV Record também estavam na disputa. Ao todo, concorriam 136 reportagens de 66 jornalistas de várias regiões do Brasil. O concurso organizado pelo Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal e pela Federação Nacional dos Policiais Federais está em sua quarta edição.

A matéria do Metrópoles é escrita pela repórter Leilane Menezes e conta a história de Thiago Alves Moreno, Alessandro da Silveira Maciel e Jeconias Lopes. Eles aceitaram revelar suas trajetórias de exploração pelo tráfico de drogas durante a infância e a adolescência. O trio descreve uma realidade que afeta milhares de crianças e jovens a serviço do narcotráfico no Brasil, inclusive na capital do país, no quintal dos Três Poderes da República.

Apesar de constar na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a atuação de crianças e adolescentes no tráfico de drogas não é considerada como trabalho infantil pela Justiça brasileira. Assim, prevalece o aspecto de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que leva à aplicação de medida socioeducativa ao menor de 18 anos mas não à proteção de direitos fundamentais.

O Brasil é signatário da Convenção 182 da OIT e, por meio do Decreto nº 3.597/2000, enquadra o tráfico como trabalho infantil, determinando ações imediatas para sua eliminação. Estudos apontam ambiguidade jurídico-normativa em relação ao tema. Enquanto não se chega a um entendimento, a juventude em situação de vulnerabilidade social fica refém de um Estado que não cumpre as leis e, assim, condena o próprio futuro.

O trabalho recebeu a edição de Lilian Tahan, Priscilla Borges, Maria Eugênia Moreira, Olívia Meireles e Ana Helena Paixão. O texto foi revisado por Denise Costa. As fotografias saíram das mãos de Daniel Ferreira, Michael Melo e Rafaela Felicciano. Gui Prímola liderou a equipe de arte, composta por Moisés Amaral e Stephanie Arcas. Por fim, Allan Rabelo, Saulo Marques e André Marques desenvolveram a interface.

O reportagem já venceu o 1° Prêmio Justiça do Trabalho de Jornalismo, organizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao concorrer na categoria Webjornalismo. A equipe recebeu menção honrosa pelo trabalho Cobertura de Notícias para Celular, no Premio a la Excelencia Periodística, concedido por La Sociedad Interamericana de Prensa (SIP).

Sobre o prêmio

O Prêmio Policiais Federais de Jornalismo está em sua quarta edição e surgiu com o objetivo de inserir o tema segurança pública no cotidiano das redações brasileiras, promovendo a produção de matérias de qualidade que difundam a necessidade de discutir as melhorias necessárias ao sistema de segurança brasileiro.

A avaliação técnica dos trabalhos inscritos foi realizada pelos jornalistas Thaís de Mendonça, da UnB; Alexandre Kieling, da Universidade Católica de Brasília (UCB); Manoel Henrique, do UniCeub; Kátia Morais, do Jornalistas e Cia; Wanderlei Pozzembom, do SJPDF; Antonio Paulo, da Fenaj; Fred Ferreira, da TV Globo; Giuliano Cartaxo, diretor da Espiral Agência de Notícias; Lincoln Frutuso e Fagner Fagundes, da Polícia Federal; Kátia Sartório, da Agência Kátia Sartório Comunicação; e Filipe Coutinho, proprietário da Coutinho Consultoria.

Metrópoles foi o vencedor na categoria Webjornalismo nos últimos três anos do concurso. Na edição passada, a equipe do portal saiu com dois troféus: venceu o Grande Prêmio, com a matéria Quando a Polícia Adoece, e a categoria Webjornalismo com a reportagem Carros-Fortes, Homens Indefesos. Em 2018, a matéria Lula encarcerado: a trajetória do petista até a execução da pena ganhou o primeiro lugar. Em novembro do ano anterior, a equipe levou o troféu pela cobertura da Operação Panatenaico.

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