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Metrópoles tem três trabalhos finalistas no 45º Prêmio Vladimir Herzog

O Metrópoles e a TV Globo estão empatados em primeiro lugar, com o maior número de indicações ao 45º Prêmio Vladimir Herzog

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Gustavo Moreno/ Metrópoles
Mulher caminha no cemitério
1 de 1 Mulher caminha no cemitério - Foto: Gustavo Moreno/ Metrópoles

Três trabalhos do Metrópoles concorrem ao 45º Prêmio Vladimir Herzog, um dos mais prestigiados do país. O portal de notícias e a TV Globo são os dois veículos com o maior número de indicações, empatados em primeiro lugar. Entre os finalistas, também constam projetos da Revista Piauí, da Agência Pública e do jornal O Globo.

A reportagem Ouro Líquido, do Metrópoles, disputa a categoria Produção Jornalística em Multimídia; já o especial O Rastro da Lama está entre os três projetos finalistas em Arte. O livro Sem Máscara, do colunista Guilherme Amado, editado pela Companhia das Letras, aparece na lista dos melhores lançamentos do ano.

A divulgação dos premiados acontece em 10 de outubro, após a sessão pública de julgamento. A solenidade de premiação e uma roda de conversa entre os vencedores estão marcadas para 24 de outubro, em São Paulo.

Os trabalhos

A matéria especial Ouro Líquido conta detalhes de uma briga de território, no sul do Pará, entre as comunidades ribeirinhas e as empresas que produzem dendê. Do Pará à Bahia, a jornalista Rebeca Borges e a fotógrafa Rafaela Felicciano percorreram 5,7 mil quilômetros para denunciar como a cadeia produtiva do dendê impacta povos quilombolas e indígenas.

Há histórico de trabalho análogo à escravidão, expropriação de comunidades tradicionais e impactos ambientais. A reportagem contém diversos recursos interativos produzidos pela equipe de arte, comandada por Gui Prímola. O designer Caio Ayres criou o desenho gráfico e os infográficos do especial, a partir das imagens captadas por Cícero Pedrosa Neto.

Yanka Romão ilustrou o mito iorubá, Lohany Kayná narrou a história e Tauã Medeiros animou o vídeo. Leonardo Hladczuk editou os documentários que compõem a matéria. O material que chegou à redação foi coordenado por Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Leilane Menezes, Daniel Ferreira, Michael Melo e Pedro Bedê, e revisado por Juliana El Afioni.

A reportagem já levou o Premio a la Excelencia Periodística, concedido por La Sociedad Interamericana de Prensa (SIP) — uma das honrarias mais importantes do jornalismo — na categoria Cobertura de Notícias na Internet. Além disso, o trabalho recebeu medalha de excelência no prêmio The Best of Digital Design, organizado pela Society of News Design, na categoria Design: Social Issues.

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Bombeiro faz a busca por sobreviventes na lama em Brumadinho
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Mulher chora ao contar ao lembrar das vítimas da tragédia de Brumadinho

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Bombeiro faz a busca por sobreviventes na lama em Brumadinho

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No trabalho O Rastro da Lama, a repórter Carinne Souza e o fotógrafo Gustavo Moreno passaram uma semana em Brumadinho (MG) para contar a história das mulheres que perderam seus companheiros na tragédia da Vale. Enlutadas e, agora, mães solo, elas encararam a dolorosa missão de tornar-se inteiramente responsáveis pela criação dos filhos, assolados pelo rompimento da barragem.

O editor de arte do Metrópoles, Gui Prímola, liderou a equipe de design que desenvolveu recursos multimídia da reportagem. Caio Ayres criou infográficos interativos a partir de imagens de satélite que mostram o trajeto do mar de lama. O profissional também usou vídeos e fotos chocantes para demonstrar o tamanho da tragédia. O designer ainda ilustrou dezenas de imagens para dar a melhor dimensão do impacto do rompimento da barragem.

A edição do conteúdo ficou por conta de Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Rebeca Oliveira, Daniel Ferreira, Michael Melo e Pedro Bedê. Leonardo Hladczuk editou os vídeos captados pela equipe in loco. O trabalho também usou imagens de Igo Estrela na época da tragédia. Viviane Novais revisou todo o material.

A equipe de tecnologia, composta por Allan Rabelo, Daniel Mendes, Mateus Moura, Saulo Marques e Wellington Monteiro, desenvolveu os códigos e colocou a página no ar.

Com base em apuração exaustiva e acesso a inúmeras fontes que gravitam o núcleo do poder, o livro Sem Máscara, do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, reconstitui os bastidores do governo Bolsonaro a partir da eclosão da pandemia de Covid-19.

Na publicação, o jornalista faz a crônica da Presidência da República durante seu período de mais aguda instabilidade institucional. O autor dá atenção tanto a personagens-chave da cena política quanto àqueles que habitam as sombras (ou os subterrâneos) do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O prêmio

O Prêmio Vladimir Herzog reconhece o trabalho de jornalistas que colaboram com a defesa e promoção da democracia, da cidadania e dos direitos humanos e sociais. Já em sua primeira edição, em outubro de 1979, o concurso contribuiu para a chegada da Anistia; em agosto do mesmo ano, iniciou a mobilização pelas eleições diretas para presidente da República, que só foram consolidadas em 1989.

O concurso é uma reverência à memória do jornalista Vladimir Herzog, preso pela ditadura civil-militar, torturado e morto em 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOICodi, em São Paulo.

Na edição do ano passado, o Metrópoles venceu a menção honrosa com a reportagem A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia, na categoria Produção Jornalística em Multimídia. Em 2020, o portal foi finalista com duas reportagens. A série Elas por Elas e a matéria especial Carros-fortes, Homens Indefesos disputaram a mesma categoria.

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