Metrópoles tem três trabalhos finalistas do Prêmio Policiais Federais
O podcast Revisão Criminal – O crime da 113 Sul concorre com outras matérias de rádio, e duas imagens disputam o título de melhor Fotografia
atualizado
Compartilhar notícia
Pelo quinto ano consecutivo, o Metrópoles é finalista do Prêmio Policiais Federais de Jornalismo. O portal tem três trabalhos concorrendo em duas categorias. Também disputam o troféu reportagens da Folha de S Paulo, Uol, O Globo, TV Globo e Record.
O podcast Revisão Criminal – O crime da 113 Sul concorre com outras matérias de rádio. Os trabalhos Policial morto em operação no Rio deixa mãe de cama, vítima de um AVC, de Aline Massuca, e Após 20 dias de fuga, Lázaro Barbosa é morto pela polícia em Goiás, de Hugo Barreto, disputam o título de melhor Fotografia.
O concurso organizado pelo Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal e pela Federação Nacional dos Policiais Federais está em sua quinta edição. O resultado será divulgado no dia 25 de novembro, a partir das 20h, em live transmitida pelos canais do Sindipol/DF e Fenapef no Youtube.
Saulo Araújo apurou e narrou o Revisão Criminal. O crime da 113 Sul, um dos mais complexos e bárbaros da capital do país, ainda desperta mais dúvidas do que certezas, mesmo após 11 anos do caso e quatro pessoas condenadas pelo triplo assassinato do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, da esposa dele, a advogada Maria Villela, e da governanta do casal, Francisca Nascimento.
A reportagem do Metrópoles ouviu, durante um ano, as 103 horas de áudios do julgamento de Adriana no Tribunal do Júri e conversou com importantes testemunhas, que, até então, foram pouco exploradas na cobertura da mídia. O material coletado virou o podcast Revisão Criminal — Crime da 113 Sul.
Na série, apresentamos relatos exclusivos do núcleo do clã Villela, inclusive de Augusto, filho do casal morto e irmão de Adriana, apontada como mandante do crime. Ao Metrópoles a família relatou pela primeira vez como era o modus operandi da polícia nos depoimentos e o quanto os episódios traumatizaram a família devido às arbitrariedades cometidas durante o caso.
Também mostramos as provas ignoradas pelo tribunal, como cartas e e-mails trocados entre a vítima Maria Villela e sua filha, Adriana, condenada pelo triplo homicídio. O podcast conta ainda os bastidores das investigações, que levou uma experiente delegada a dar o triplo homicídio como solucionado a partir de suposições de um “caça-fantasmas”.
A investigação do Crime da 113 Sul é recheada de brigas internas entre os delegados, acusação de falsificação de provas e até compra de testemunha. Um dos homens condenados pelo crime, Leonardo Campos, provou que a Polícia Civil o torturou para confirmar o envolvimento de Adriana no triplo assassinato.
O caso mais grave, entretanto, é o envolvimento de Francisco Mairlon. Apontado como um dos executores do Crime da 113 Sul, ele acabou condenado a 55 anos de detenção. O que chama a atenção é o fato de a participação de Mairlon ser pouco detalhada no próprio julgamento. Após ouvir os sete episódios desta série, caberá a você responder a seguinte pergunta: Adriana Villela realmente teve um julgamento justo?
Isabela Almada foi a responsável pelo roteiro, pesquisa e montagem. Gabriel Foster criou a sonoplastia, e Gabriel Pereira captou o áudio. Moisés Dias desenvolveu a linha visual do podcast. Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles e Gui Prímola editaram o material.
Sobre o prêmio
O Prêmio Policiais Federais de Jornalismo está em sua quinta edição e surgiu com o objetivo de inserir o tema segurança pública no cotidiano das redações brasileiras, promovendo a produção de matérias de qualidade que difundam a necessidade de discutir as melhorias necessárias ao sistema de segurança brasileiro.
Para chegar aos finalistas, as reportagens e fotografias inscritas foram validadas pela Comissão Organizadora e, em seguida, avaliadas por um grupo de 12 jornalistas profissionais e acadêmicos.
Agora, os finalistas serão escolhidos pelo corpo de jurados do Prêmio, que é composto por: Antonio Paulo Santos, da Fenaj; Alexandre Kieling, da Universidade Católica de Brasília; Giuliano Cartaxo, da TV Brasil-EBC; Fagner Fagundes dos Santos, assessor na ANP/PF; Wanderlei Pozzembom, do SJPDF; Lincoln Frutuoso Cerqueira, Policial Federal e Jornalista; Manoel Henrique Moreira, do Uniceub; Fred Ferreira, da TV Globo Brasília; Thaïs de Mendonça Jorge, da UnB; Kátia Morais, do Jornalistas e Cia; Filipe Coutinho, da Coutinho Consultoria; e Kátia Sartório, da Kátia Sartório Comunicação.
Ainda nesta etapa, os finalistas passarão pela análise dos policiais federais filiados ao Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal – Sindipol/DF e aos demais sindicatos filiados à Federação Nacional dos Policiais Federais – Fenapef, por meio de votação on-line, que se encerrará no dia 15 de novembro.
O Metrópoles foi o vencedor na categoria Webjornalismo nos últimos quatro anos do concurso. Na edição passada, a matéria Meninos-soldados: a infância a serviço do tráfico de drogas levou a categoria Webjornalismo e ainda ganhou o Voto On-line – troféu escolhido pela votação dos policiais federais de todo o Brasil.
No ano anterior, a equipe do portal também saiu com dois troféus: venceu o Grande Prêmio, com a matéria Quando a Polícia Adoece, e a categoria Webjornalismo, com a reportagem Carros-Fortes, Homens Indefesos. Em 2018, a matéria Lula encarcerado: a trajetória do petista até a execução da pena ganhou o primeiro lugar. Em novembro do ano anterior, a equipe levou o troféu pela cobertura da Operação Panatenaico.