Metrópoles tem dois trabalhos finalistas do Prêmio CNT 2023
As reportagens do Metrópoles Cargueiros do pó e Estradas de papel concorrem na categoria Webjornalismo
atualizado
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O Metrópoles tem dois trabalhos finalistas do Prêmio CNT de Jornalismo 2023. As reportagens Cargueiros do pó e Estradas de papel concorrem na categoria Webjornalismo.
Agora, os finalistas serão avaliados pelo corpo de jurados do prêmio, e o resultado final será divulgado no início do mês de novembro. Também concorrem reportagens da Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e TV Globo.
Os repórteres Carlos Carone e Mirelle Pinheiro percorreram 2,2 mil km entre Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro para mostrar, na matéria Cargueiros do pó, sofisticadas técnicas usadas por facções criminosas no lucrativo mercado do tráfico de cocaína via rotas marítimas. A apuração revelou como as quadrilhas recrutam mergulhadores dispostos a arriscar a vida em troca de pagamentos milionários.
A apuração foi organizada em um especial multimídia. Os fotógrafos Breno Esaki e Fábio Vieira passaram uma semana nos portos de Santos e Rio de Janeiro a fim de registrar as imagens usadas para ilustrar a matéria. A equipe de arte, composta por Mia M e Yanka Romão e comandada por Gui Prímola, criou a linha visual e desenvolveu as infografias interativas.
Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Saulo Araújo, Daniel Ferreira e Michael Melo editaram o material que chegou à redação. Juliana Afioni revisou os textos.
Os vídeos foram cortados, tratados e montados por Gabriel Foster, Bethânia Cristina, Giuliano Gazzoni, João Andrade, Leonardo Hladczuk, Lucas Viana, Renato Nagano e Vanessa Neiva. E, por fim, a equipe de TI (Italo Ridney, Daniel Mendes, Mateus Moura e Saulo Marques) juntou todo o material e colocou a página no ar.
Na reportagem investigativa Estradas de papel, as jornalistas Jade Abreu, Sarah Teófilo e Natália Portinari apuraram que mais da metade das obras de pavimentação da Codevasf, com verbas federais, ficam só na promessa. De 2021 para cá, a estatal teve um boom de contratos, que somam mais de R$ 1 bilhão, mas as empreiteiras protelam os serviços e se beneficiam de um modelo atípico de contratação que dificulta a fiscalização e facilita os desvios.
O Metrópoles percorreu 1,8 mil quilômetros pelo país e conferiu a decepção e o drama de brasileiros que dependem das vias. A indignação das vítimas foi captada pelas lentes de Breno Esaki, Hugo Barreto e Igo Estrela. A equipe de vídeo, coordenada por Gabriel Foster, editou as imagens – participaram do trabalho Bethânia Cristina, Gabriel Foster, Giuliano Gazzoni, João Andrade, Leonardo Hladczuk, Lucas Viana, Renato Nagano e Vanessa Neiva.
Gui Prímola, Caio Ayres e Yanka Romão criaram a linha visual. Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Rodrigo Rangel, Daniel Ferreira e Michael Melo editaram o material. Bárbara Sousa, Daniel Mendes, Italo Ridney, Mateus Moura, Saulo Marques e Wellington Gabriel desenvolveram os códigos para transformar o material em um especial multimídia.
Sobre o prêmio
Concedido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o prêmio é um dos mais tradicionais no jornalismo nacional. São avaliadas matérias de todo o país sobre transporte e trabalhadores do setor, com a intenção de alertar a sociedade e o poder público acerca da importância da atividade nos âmbitos econômico, social, político e cultural do Brasil.
As reportagens e fotografias inscritas nesta 28ª edição foram validadas pela comissão organizadora, composta por cinco jornalistas com atuação acadêmica. Os trabalhos finalistas foram submetidos à avaliação da comissão julgadora do prêmio.
Neste ano, fizeram parte do corpo de jurados: Alex Capella, jornalista do Senado Federal; Luiz Megale, jornalista e apresentador da Band; Marina Amaral, diretora da Agência Pública; Milton Jung, âncora da CBN; e Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.
O Metrópoles já venceu sete vezes o Prêmio CNT de Jornalismo. No ano passado, a reportagem O progresso passou e se esqueceu de mim levou as categorias Internet e Fotojornalismo. Na edição anterior, a reportagem A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia: rodovias que separam o sonho do pesadelo levou a categoria Webjornalismo.
A matéria Invisíveis no banco da frente ganhou a categoria Internet em 2020. Há três anos, a reportagem Carros-fortes, homens indefesos levou duas categorias: Fotografia e Internet.
Na edição anterior, a matéria Caminhoneiras, codinome coragem ficou em primeiro lugar entre os trabalhos on-line. Em 2016, venceu o troféu com a reportagem Avisa quando chegar – O assédio que paralisa as mulheres e, em 2017, ganhou a matéria Transbrasil – Um embarque para o crime nas rodovias brasileiras.