Metrópoles ganha três troféus no Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo
Uma reportagem e duas fotografias do portal foram condecoradas no concurso organizado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos
atualizado
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O Metrópoles ganhou três troféus no 38º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. A reportagem A Rota do Tráfico Humano na Fronteira da Amazônia ficou em segundo lugar entre as matérias publicadas on-line. Na categoria fotografia, a imagem intitulada Panela de Lixeira (em destaque) conquistou a segunda colocação, e o trabalho Enterro Coletivo de Covid-19 (abaixo) recebeu a Menção Honrosa. Também foram premiados veículos como Estado de S. Paulo, Uol, CNN e TV Globo.
O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (3/12) por comunicado on-line. Os vencedores serão homenageados em uma live programada para 10 de dezembro. A transmissão acontecerá no canal da OAB Rio Grande do Sul no YouTube.
A matéria A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia, escrita por Mirelle Pinheiro, mostra como acontecem o aliciamento e a travessia de traficantes e vítimas, dentro e fora do país. Para tanto, o Metrópoles foi à Bolívia, ao Peru e à Venezuela.
A reportagem acessou o solo estrangeiro pela porta da frente, mas também percorreu rios, vias clandestinas e trilhas abertas em meio à mata, principais acessos do crime organizado na América do Sul. A equipe de imagem, composta por Igo Estrela e Rafaela Felicciano, acompanhou a repórter e captou imagens emocionantes dos personagens entrevistados.
Gui Prímola e Marcos Garcia criaram um design inovador, com diversos recursos multimídia, para receber o material editado por Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Daniel Ferreira e Michael Melo. Juliana Afioni revisou o texto e, por fim, Allan Rabelo, Saulo Marques e Daniel Mendes desenvolveram os códigos para colocar o trabalho no ar.
A imagem Panela de Lixeira, de Aline Massuca, faz parte da reportagem especial O Brasil que Passa Fome. A matéria escrita por Saulo Araújo revela o drama dos brasileiros para conseguir colocar carne no prato da família, durante a crise econômica do governo Bolsonaro. A fotógrafa registrou Alexandre Medeiros Cardoso, morador de rua há 18 anos, pegando comida no lixo. “Hoje, não tem nada no lixo, e parece que as pessoas que me ajudavam estão com mais dificuldades, e não é sempre que podem doar”, observa.
A matéria recebeu edição de Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Daniel Ferreira e Michael Melo. A equipe de arte, composta por Gui Prímola, Yanka Romão, Tauã Medeiros e Marcos Garcia, criou a linguagem visual. Gabriel Foster editou os vídeos que compõem o trabalho, e Viviane Novais revisou todo o material.
Além do registro de Aline Massuca, imagens de Ednilson Aguiar, Gustavo Moreno, Rafaela Felicciano, Hugo Barreto e Vinicius Schmidt ilustram o conteúdo veiculado. Allan Rabelo, Italo Ridney e Saulo Marques desenvolveram os códigos para reunir todo o material em uma única página.
O trabalho Enterro Coletivo de Covid-19, de Vinícius Schimidt, apareceu em uma série de matérias sobre o número de mortes por Covid-19 no estado de Goiás. O fotógrafo registrou o caos no Cemitério Municipal de Goiânia e o colapso do setor funerário na capital goiana.
Sobre o prêmio
O concurso é organizado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), com a colaboração da Ordem dos Advogados do Brasil/RS e da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (ARFOC-RS). Desde 1984, o Prêmio estimula o trabalho dos profissionais de jornalismo na denúncia de violações, pela observância e defesa dos Direitos Humanos nas sociedades da América do Sul, marcadas por enorme desigualdade entre as pessoas e pela deficitária ação do Estado.
A Regional Latinoamericana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Rel-UITA), a Union to Union, instituição sueca que atua pelo fortalecimento dos sindicatos no mundo, e a Caixa de Assistência dos Advogados/RS também apoiam o evento.