metropoles.com

Metrópoles recebe Prêmio Europeu de Jornalismo Investigativo

O concurso é financiado pela União Europeia e organizado pela Thomson Foundation

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Foto colorida de indígena segurando o alcorão em São Gabriel da Cachoeria no Amazonas - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de indígena segurando o alcorão em São Gabriel da Cachoeria no Amazonas - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Metrópoles é finalista do Prêmio Europeu de Jornalismo Investigativo 2024, organizado pela Thomson Foundation. A reportagem Em Nome de Alá está entre as três melhores na etapa “Jornalismo Independente nos Balcãs Ocidentais e na Turquia”.

O anúncio aconteceu nesta sexta-feira (25/10) em cerimônia organizada em Ancara, na Turquia.

A reportagem de Thalys Alcântara conta a história de crianças e adolescentes indígenas brasileiros que são retirados da Amazônia, na fronteira com a Colômbia, e enviados para internatos na Turquia. Na Europa, esses jovens vivem uma rotina religiosa, têm aulas de árabe, turco, oração e alcorão, e são proibidos de manter determinados costumes tradicionais, como o banho de rio. Os pais entregavam seus filhos, sob a promessa de custeio dos estudos.

Para desvendar essa história, o repórter viajou com o fotojornalista Vinícius Schmidt para o interior da Amazônia. As informações que constam na reportagem foram coletadas em horas de entrevistas e documentos sigilosos. A equipe apurou, inclusive, dados que não estavam nas investigações policiais – como, por exemplo, a quantidade de jovens levados à Turquia sob essas condições.

Depois da publicação da primeira reportagem, a investigação policial sobre o caso se aprofundou. Parlamentares do Brasil e da Turquia exigiram uma resposta das forças de segurança. Todos os brasileiros levados pelo grupo retornaram ao país.

O impacto causado pela reportagem e as novas descobertas dela decorrentes levaram à publicação de outras matérias, com a ajuda da jornalista Hale Gönültaş, que repercutiu a reportagem do Metrópoles na língua turca e também é vencedora do prêmio.

Foram identificados aspectos como o nome do grupo que levava os indígenas para fora do país, as suas principais características e as táticas de financiamento, com o uso de informações distorcidas sobre os povos originários brasileiros. Também foi conhecido um relato de agressão de um adolescente indígena.

Gui Prímola e Caio Ayres desenvolveram a linha visual da reportagem. A equipe juntou elementos da cultura turca com referências da comunidade tucana na Amazônia. Os vídeos foram editados por Gabriel Foster, Bethânia Cristina, Tauã Medeiros e Lucas Viana.

A reportagem foi editada por Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Douglas Pereira, Daniel Ferreira e Michael Melo. O repórter Felipe Resk contribuiu com a investigação em São Paulo. Viviane Novais revisou os textos.

Allan Rabelo, Daniel Mendes, Mateus Moura e Saulo Marques desenvolveram os códigos para colocar o material no ar.

Sobre o prêmio

O Prêmio de Jornalismo Investigativo da União Europeia 2024 é organizado pela Thomson Media, como parte do projeto “Fortalecer o Jornalismo de Qualidade nos Balcãs Ocidentais e na Turquia”.

O júri é composto de especialistas em mídia, editores, acadêmicos e jornalistas experientes, que trazem diversas perspectivas para garantir um processo de avaliação justo e rigoroso.

O concurso é financiado pela União Europeia.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?