Metrópoles é finalista do Prêmio de Jornalismo da Cruz Vermelha
A matéria Invisíveis no Banco da Frente concorre na categoria Reportagens e Documentários
atualizado
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O Metrópoles é finalista do Prêmio CICV de Cobertura Humanitária, organizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A matéria Invisíveis no Banco da Frente concorre na categoria Reportagens e Documentários com trabalhos da Folha de S. Paulo e CNN Brasil.
A cerimônia de premiação acontece em 3 de dezembro. Os finalistas vão participar de uma roda de conversa para contar sobre o processo de apuração das reportagens e depois o vencedor será anunciado. A quarta edição do prêmio teve 105 inscrições, dentre trabalhos de mídia impressa, televisiva, radiofônica e multimídia – incluindo documentários e podcasts.
Escrita por Manoela Alcântara e fotografada por Rafaela Felicciano e Igo Estrela, a matéria Invisíveis no Banco da Frente conta a história dos motoristas e cobradores de ônibus urbanos que enfrentaram condições precárias para não deixar o Brasil parar durante o isolamento social imposto no início da pandemia do novo coronavírus.
A categoria foi a segunda mais afetada pela Covid-19 no Brasil: só São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal enterraram mais de 94 motoristas e cobradores. Na reportagem, o Metrópoles contou o drama das famílias que perderam entes queridos após eles terem sido contaminados enquanto trabalhavam.
A rotina de quem ainda está na linha de frente foi registrada pela equipe do portal. O videomaker Gabriel Foster acompanhou Taciara da Silva Rodrigues, a primeira cobradora infectada no Distrito Federal pela Covid-19. O documentário mostrou a rotina matinal, os cuidados de proteção e a solidão da profissional antes de começar o expediente.
A equipe de arte, composta por Gui Prímola e Moisés Amaral, desenvolveu infografias interativas para mostrar os números antes e durante a pandemia. Em uma delas, por exemplo, a dupla animou um gráfico com a evolução do fluxo de ônibus no DF de acordo com os decretos do governo para conter o avanço da Covid-19. Allan Rabelo, Saulo Marques e André Marques desenvolveram os códigos para colocar o material no ar.
Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Daniel Ferreira, Michael Melo editaram o trabalho que chegou na redação. Por fim, Viviane Novais revisou os textos para deixar tudo redondo. A reportagem também é finalista do 27º Prêmio CNT de Jornalismo e concorre na categoria Internet.
Sobre o prêmio
O Prêmio CICV de Cobertura Humanitária, iniciativa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), chega à sua quarta edição em 2020 e busca reconhecer o trabalho de jornalistas e veículos de comunicação brasileiros que tenham se dedicado à cobertura de temas humanitários. O objetivo do concurso é incentivar a produção de mais conteúdo jornalístico de qualidade sobre esses assuntos voltados ao público brasileiro.
Os trabalhos foram analisados durante dois meses pelo júri composto pelo jornalista e professor João Batista Natali; pelo coordenador de relações com a imprensa de Médicos Sem Fronteiras, Paulo Braga; e pela coordenadora de Comunicação do CICV, Sandra Lefcovich.
Não é a primeira vez que o Metrópoles é finalista do prêmio. Em 2018, a matéria Órfãs de terra-mãe: A saga das mulheres venezuelanas refugiadas no Brasil, ficou entre as três melhores, dos 46 trabalhos inscritos.