Metrópoles é finalista do 1° Prêmio TST de Jornalismo
A reportagem “Meninos-soldados: a infância a serviço do tráfico de drogas” concorre na categoria Webjornalismo
atualizado
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O Metrópoles é finalista do 1° Prêmio Justiça do Trabalho de Jornalismo, organizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A reportagem Meninos-soldados: a infância a serviço do tráfico de drogas concorre na categoria Webjornalismo. Os vencedores serão anunciados em cerimônia marcada para 12 de novembro na sede do órgão, em Brasília.
A matéria é da repórter Leilane Menezes e conta a história de Thiago Alves Moreno, Alessandro da Silveira Maciel e Jeconias Lopes. Eles aceitaram revelar suas trajetórias de exploração pelo tráfico de drogas durante a infância e a adolescência. O trio descreve uma realidade que afeta milhares de crianças e jovens a serviço do narcotráfico no Brasil, inclusive na capital do país, no quintal dos três Poderes da República.
Apesar de constar na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a atuação de crianças e adolescentes no tráfico de drogas não é considerada como trabalho infantil pela Justiça brasileira. Assim, prevalece o aspecto de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que leva à aplicação de medida socioeducativa ao menor de 18 anos, mas não à proteção de direitos fundamentais.
O Brasil é signatário da Convenção 182 da OIT e, por meio do Decreto nº 3.597/2000, enquadra o tráfico como trabalho infantil, determinando ações imediatas para sua eliminação. Estudos apontam ambiguidade jurídico-normativa em relação ao tema. Enquanto não se chega a um entendimento, a juventude em situação de vulnerabilidade social fica refém de um Estado que não cumpre as leis e, assim, condena o próprio futuro.
O trabalho recebeu a edição de Lilian Tahan, Priscilla Borges, Maria Eugênia Moreira, Olívia Meireles e Ana Helena Paixão. O texto foi revisado por Denise Costa. As fotografias saíram das mãos de Daniel Ferreira, Michael Melo e Rafaela Felicciano. Gui Prímola liderou a equipe de arte, composta por Moisés Amaral e Stephanie Arcas. Por fim, Allan Rabelo, Saulo Marques e André Marques desenvolveram a interface.
Nesta primeira edição, o concurso premia reportagens que abordam o combate e as formas de enfrentamento da exploração do trabalho infantil. Foram inscritos 57 trabalhos em cinco diferentes categorias: Telejornalismo, Radiojornalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo e Jornalismo Impresso.