Duas reportagens do Metrópoles vencem o Prêmio CNT de Jornalismo 2024
A reportagem O Outro Lado do Paraíso disputava a categoria Webjornalismo, e o podcast Levando Esperança garantiu o melhor trabalho de áudio
atualizado
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Dois trabalhos do Metrópoles venceram o Prêmio CNT de Jornalismo 2024. A reportagem O Outro Lado do Paraíso concorria na categoria Webjornalismo e o podcast Levando Esperança ficou com o prêmio de melhor trabalho de áudio.
A entrega da premiação acontece em Brasília, no dia 4 de dezembro. Venceram ainda trabalhos da Reuters, do site R7 e da TV Globo.
A matéria especial Rota da Fumaça, do Metrópoles, também concorria na categoria Webjornalismo.
Sobre as reportagens
Na reportagem O Outro Lado do Paraíso, a repórter Jade Abreu, o fotojornalista Breno Esaki e o videomaker Leonardo Hladczuk mostram a ironia do destino que vive o quilombo Kalunga, localizado em Goiás. Durante séculos, a dificuldade de acesso à região permitia a existência dessa comunidade. Hoje, as estradas de terra são o maior empecilho de seu acesso a direitos básicos.
O Metrópoles percorreu 1.411 km para contar histórias de crianças que atravessam 200 km para chegar à escola; há relatos de gestantes que deram à luz sem auxílio médico, porque estavam distantes para serem atendidas. Histórias de um povo que atesta que até mesmo o paraíso é desigual.
O editor de arte Gui Prímola colaborou com as designers Mia Matias e Yanka Romão para criar uma linha visual delicada, com infográfico e ilustrações interativas. As imagens captadas durante a viagem foram transformadas em um emocionante documentário nas mãos de Gabriel Foster.
Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Anderson Costolli, Saulo Araújo, Daniel Ferreira e Michael Melo editaram o material. Juliana Garcês revisou os textos. Italo Ridney, Alvino Rodrigues, Saulo Marques e Caio Sales desenvolveram a página que foi publicada.
Apurado por Amanda Barradas, Cleverton Silva, Natália Moraes, Neila Guimarães e Rafael Campos, o podcast Levando Esperança conta histórias de brasileiros que não hesitaram em se doar para os gaúchos depois da tragédia. Por meio das histórias de funcionários públicos, aposentados, pessoas comuns e militares, você vai conhecer quem enfrentou as chuvas usando diversos meios de transportes para levar um pouco de alívio à população do estado em meio ao caos.
Sob o comando de Gabriel Foster, a equipe de áudio, composta por Bethânia Cristina, Blandu Correia, João Andrade, Leonardo Hladczuk, Lucas Viana e Vanessa Neiva, captou, tratou e editou o material. Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle e Olívia Meireles coordenaram o projeto e aprovaram o roteiro que chegou à redação.
Gui Prímola e Caio Ayres criaram a linha visual do especial. Geisiane Sousa revisou os textos. Os códigos foram desenvolvidos por Italo Ridney, Caio Sales, Alvino Rodrigues e Saulo Marques.
Sobre o prêmio
Concedido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o prêmio é um dos mais tradicionais no jornalismo nacional. São avaliadas matérias de todo o país sobre transporte e trabalhadores do setor, com a intenção de alertar a sociedade e o poder público acerca da importância da atividade nos âmbitos econômico, social, político e cultural do Brasil.
As reportagens e fotografias inscritas nesta 31ª edição foram validadas pela comissão organizadora, composta por cinco jornalistas com atuação acadêmica. Os trabalhos finalistas foram submetidos à avaliação da comissão julgadora do prêmio.
Neste ano, fizeram parte do corpo de jurados: Alex Capella, assessor de imprensa da presidência do Senado Federal; Roberto Munhoz, diretor de jornalismo da TV Record; Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Thiago Bronzatto, diretor da sucursal de Brasília de O Globo; e Andrea Santos, especialista em transporte e codiretora do Hub da Urban Climate Change Research Network (UCCRN) para a América Latina.
O Metrópoles já venceu nove vezes o Prêmio CNT de Jornalismo. No ano passado, o trabalho Estradas de papel levou o primeiro lugar na categoria Webjornalismo. Na edição anterior, a reportagem O progresso passou e se esqueceu de mim ganhou as categorias Internet e Fotojornalismo. Em 2021, A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia: rodovias que separam o sonho do pesadelo ficou em primeiro lugar entre os portais de notícias.
A matéria Invisíveis no banco da frente ganhou a categoria Internet em 2020. Há três anos, a reportagem Carros-fortes, homens indefesos levou duas categorias: Fotografia e Internet.
Na edição anterior, a matéria Caminhoneiras, codinome coragem ficou em primeiro lugar entre os trabalhos on-line. Em 2016, venceu o troféu com a reportagem Avisa quando chegar – O assédio que paralisa as mulheres, e em 2017 ganhou a matéria Transbrasil – Um embarque para o crime nas rodovias brasileiras.