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CPI reage a ataques de Bolsonaro a jornalista: “Típico de fascistas”

Mais cedo, irritado com pergunta sobre uso de máscara, o presidente mandou repórter da TV Globo “calar a boca”

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Hugo Barreto/Metrópoles
Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro de Estado da Saúde Luiz Henrique Mandetta
1 de 1 Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ex-ministro de Estado da Saúde Luiz Henrique Mandetta - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em nota pública, senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid saíram em defesa da jornalista Laurene Santos, atacada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta segunda-feira (21/6).

A manifestação é assinada pelo G7 – grupo formado por senadores opositores e independentes ao governo federal e que compõe a maioria do colegiado.

Na nota, os parlamentares manifestam solidariedade à repórter e chamam a resposta de Bolsonaro de “desproporcional”. “A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da Pandemia, no ano passado”, defendeu.

“Tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas à democracia brasileira”, prosseguiu o grupo.

Os integrantes da comissão voltaram a defender a responsabilização de Bolsonaro por supostas ingerências no enfrentamento à pandemia da Covid-19. “Os responsáveis  pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso”.

“Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescreveram”, finalizou o G7 no comunicado.

Pelo Twitter, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também se manifestou. Ele reafirmou a importância do trabalho desempenhado pela a imprensa em tempos de pandemia.

“A Covid, as mortes e os reflexos sobre o país, embora possam aflorar maus sentimentos, impõem absoluta necessidade de união em torno de soluções. Parte fundamental desse esforço é a Imprensa, que deve ser respeitada e livre para cumprir o dever de informar, mesmo na divergência”, publicou o senador.

“Cala a boca”

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro mandou a repórter da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, calar a boca, ao ser questionado sobre o motivo de não ter utilizado a máscara de proteção facial durante agenda em Guaratinguetá (SP).

O chefe do Executivo federal acompanhou cerimônia de formatura da Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR). Ao chegar ao local, cumprimentou e abraçou apoiadores que se aglomeraram na região. O presidente não usava máscara. Ao ser perguntado sobre a marca de 500 mil mortes por Covid-19, ele voltou a afirmar que lamenta “todas as mortes”.

Após o evento, Bolsonaro foi questionado sobre o motivo de não estar usando máscara e sobre ter sido multado pelo governo de São Paulo por não usar o equipamento de proteção em 12 de junho, durante um passeio com motociclistas na capital. O valor da multa foi fixado em R$ 552,71.

“Olha, eu chego como eu quiser, onde eu quiser, eu cuido da minha vida. Se você não quiser usar máscara, não use. Agora, tudo o que eu falei sobre Covid, infelizmente, para vocês, deu certo”, disse o mandatário do país.

Durante a conversa com a imprensa, Bolsonaro subiu o tom e voltou a defender o tratamento precoce, que consiste no uso de medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra a Covid-19. A conversa foi transmitida por um canal simpatizante ao governo.

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