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Brasil cai em ranking de liberdade de imprensa pela segunda vez

Segundo o “Repórteres Sem Fronteiras”, Bolsonaro “deu início a uma era particularmente sombria da democracia e da liberdade de imprensa”

atualizado

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O Brasil caiu pelo segundo ano consecutivo no ranking de liberdade de imprensa organizado pelo”Repórteres Sem Fronteiras”, passando a ocupar a 107ª posição de 180. Agora, o país está atrás da Angola (106), Montenegro (105) e Moçambique (104).

O relatório, divulgado nesta terça-feira (21/04), avalia que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu início a uma “era particularmente sombria da democracia e da liberdade de imprensa no Brasil”, dado o tratamento que ele dispensa à categoria. Em 2018 – antes da eleição, o país ocupava a 102ª posição, passando para 105º após as eleições e o presidente assumir o cargo.

“O presidente Bolsonaro, sua família e vários membros de seu governo insultam e humilham constantemente alguns dos principais jornalistas e meios de comunicação do país, alimentando um clima de ódio e suspeita em relação ao jornalismo no Brasil”, destacou a entidade, no documento.

Segundo os especialistas, a prioridade da mídia brasileira continua “muito concentrada” nas mãos de famílias de “grandes empresas” relacionadas com a classe política. Ainda, o documento acrescenta que a confidencialidade das fontes está sob ataque e que repórteres são submetidos a processos judiciais “abusivos”. O sigilo de fontes, no Brasil, e uma garantia constitucional prevista no artigo 5º.

“Com ameaças e ataques físicos, o Brasil continua sendo um país especialmente violento para a mídia, e muitos jornalistas foram mortos em conexão com seu trabalho. Na maioria dos casos, esses repórteres, apresentadores de rádio, blogueiros ou provedores de informações de outros tipos estavam cobrindo histórias relacionadas à corrupção, políticas públicas ou crime organizado em cidades pequenas ou médias, onde são mais vulneráveis”, continuou.

Liberdade de imprensa pelo mundo

O Estados Unidos subiram no ranking e passaram a ocupar o 45º lugar, acima da posição 48 do ano passado. Apesar de ter uma posição relativamente alta no ranking, os especialistas afirmaram que a liberdade de imprensa no país “continuou sofrendo durante o terceiro ano do presidente Donald Trump“. Para os comunicadores, os jornalistas americanos sofrem com “prisões, ataques físicos e assédio”.

O documento também alertou que a crise do coronavírus está “ampliando” os maus tratos à imprensa por todo o mundo. A entidade destaca que os governos “se aproveitaram” da situação para adotar medidas extraordinárias, citando a China e Irã.

Quem ocupa a última posição no ranking é a Coreia do Norte, que passou da posição 170 para 180 de 2019 a 2020.

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