Imprensa sofre ameaças de aliados de Silveira na sede da PF no Rio
Ao ser questionada, a assessoria da PF disse aos jornalistas que a ordem do STF era cuidar do preso, e não dos jornalistas
atualizado
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Durante a permanência do deputado federal bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os profissionais de imprensa passaram por maus bocados – tanto por parte de aliados do parlamentar quanto da própria PF.
Silveira foi transferido na noite de quinta-feira (18/2) para a Unidade Prisional da PM em Niterói. No entanto, os repórteres que faziam a cobertura de sua prisão na Polícia Federal sofreram ameaças e foram impedidos de exercer suas atividades.
Ao ser questionada, a assessoria da PF disse aos jornalistas que a ordem do STF era cuidar do preso, e não da imprensa.
O repórter do Metrópoles Bruno Menezes está entre os ameaçados pelos aliados de Daniel Silveira.
Veja as imagens:
Controle da imprensa
Na saída da sede da PF, o parlamentar caminhou pelo estacionamento, deu socos no ar como se estivesse comemorando e entrou no carro acenando para a claque de seguidores que se amontoavam na entrada do prédio.
Na saída, os seguidores do deputado invadiram a sala que estava servindo de apoio à imprensa e ameaçaram jornalistas, impedindo entrevistas e entradas ao vivo.
Quem deveria zelar pela segurança dos jornalistas não o fez. A PF informou no grupo de imprensa que, após as agressões e desmandos, estuda medidas para controlar o acesso dos profissionais de comunicação na sede do Rio, inclusive com a a criação de um pré-cadastro.