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Imprensa internacional repercute morte em “câmara de gás” da PRF

Jornais como o The Guardian, El País e The Washington Post chamaram atenção para a brutalidade do caso ocorrido em Sergipe

atualizado

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Agentes da PRF colocam Genivaldo em viatura na cidade Umbaúba, Sergipe. Ele morreu sufocado por um gás no camburão do carro policial - Metrópoles
1 de 1 Agentes da PRF colocam Genivaldo em viatura na cidade Umbaúba, Sergipe. Ele morreu sufocado por um gás no camburão do carro policial - Metrópoles - Foto: Reprodução

A imprensa internacional repercutiu a morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, durante abordagem violenta de policiais rodoviários federais em Umbaúba (SE). Jornais como o The Independent, do Reino Unido, ABC News, rede de televisão norte-americana, chamaram atenção para os protestos e a indignação que tomaram conta do país após o caso.

“Protestos eclodiram no Brasil pelo assassinato de um homem negro mentalmente doente, que foi imobilizado em um veículo por policiais que, então, soltaram uma granada de gás”, noticiou o britânico. “Vídeo de policiais brasileiros matando homem com gás causa fúria após sua morte”, diz a reportagem a ABC News.

Já o britânico The Guardian lembrou que o caso ocorreu exatos dois anos após o assassinato de George Floyd, homem negro morto, asfixiado, por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos.

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Agentes da PRF colocam Genivaldo de Jesus Santos em viatura
Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML
Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo
O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o caso
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Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia

Arquivo Pessoal
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Agentes da PRF colocam Genivaldo de Jesus Santos em viatura

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Dentro do carro, foi feita uma espécie de "câmara de gás", que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IML

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Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo

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O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o caso

Material cedido ao Metrópoles

O The Washington Post disse que a polícia brasileira é conhecida por “ataques bélicos — incentivados pelo presidente brasileiro de extrema-direita Jair Bolsonaro” e que a morte de Genivaldo gerou muita repercussão nas redes sociais, “mesmo em um local [Brasil] há muito acostumado com assassinatos por policiais”.

O espanhol El Pais também critica ação violenta ação da polícia, que classificou o caso como um “episódio selvagem de brutalidade policial”. O jornal lembrou que o caso da câmara de gás improvisada aconteceu um dia seguinte à morte de 25 pessoas durante operação na favela da Vila Cruzeiro, na zona norte, do Rio de Janeiro.

O francês Le Parisien declarou que a morte de Genivaldo “comoveu” e “chocou” o país. “A morte de um homem asfixiado após ser colocado no porta-malas de um carro da polícia de onde emanava uma fumaça espessa chocou o Brasil.”

Agentes afastados

Após o caso tomar grande repercussão durante toda a quinta-feira (26/5), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o afastamento dos policiais envolvidos na ação.

Os quatro policiais rodoviários federais foram identificados em reportagem do site The Intercept Brasil. Os servidores que assinam a ocorrência são Clenilson José dos Santos, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Adeilton dos Santos Nunes, William de Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas. Eles fazem parte do Comando de Operações Especiais da PRF em Sergipe, ainda segundo o documento.

A abordagem a Genivaldo de Jesus Santos foi motivada pela falta de capacete. Ele conduzia uma moto quando os integrantes da força de segurança o pararam. O homem acabou morrendo depois que os policiais o colocaram dentro de uma espécie de câmara de gás improvisada dentro de uma viatura.

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