Imprensa internacional destaca embate entre Bolsonaro e Mandetta
No exterior, a decisão de demitir o ministro da Saúde repercutiu de forma alarmante e o conflito com o presidente foi evidenciado
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definiu a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde nesta quinta-feira (16/04). O oncologista e empresário Nelson Teich assumiu, prontamente, o posto. No exterior, a decisão do governante brasileiro repercutiu de forma alarmante. A imprensa internacional ressaltou as últimas desavenças entre Bolsonaro e Mandetta.
A maioria dos títulos que traziam a notícia abordou que a exoneração foi feita “em meio à pandemia do coronavírus”. O Washinton Post, jornal norte-americano, destacou as “diferenças” na maneira de tratar a Covid-19. A BBC, do Reino Unido, seguiu a mesma linha e fez um retrospecto sobre o conflito entre o presidente e o agora ex-ministro.
“Os dois estão em desacordo há semanas. Onde o presidente fez pouco caso do surto e promoveu tratamentos não comprovados. Mandetta pediu em grande parte às pessoas que sigam as diretrizes que estão sendo trazidas em todo o mundo”, pontuou.
Os italianos do Corriere della Sera também citaram a divergência entre os discursos de ambos: “O ministro havia dito que era a favor de medidas rígidas de isolamento social. O presidente estava e continua convencido de que a economia brasileira não deve ser prejudicada com um bloqueio muito apertado”.
A saída de Mandetta foi noticiada da mesma forma pelo El País. Os espanhóis também mencionaram a declaração de Bolsonaro sobre a cloroquina e ainda ressaltaram o papel do Brasil na propagação da Covid-19 no continente: “O Brasil, o país onde o coronavírus chegou à América Latina, é o com mais mortes e casos confirmados na região”.