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Imprensa internacional critica uso do 7/9 como “palanque eleitoral”

Maioria das matérias publicadas sobre bicentenário da Independência destacou o uso da festa cívica brasileira para promover Bolsonaro

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imagem colorida mostra aviões da esquadrilha da fumaça passando em frente ao congresso nacional com fumaças nas cores verde e amarelo - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra aviões da esquadrilha da fumaça passando em frente ao congresso nacional com fumaças nas cores verde e amarelo - Metrópoles - Foto: Deiviane Linhares/Metrópoles

A imprensa internacional adotou um tom crítico na cobertura dos eventos públicos deste 7 de Setembro, em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil. A maioria das reportagens publicadas após os eventos em Brasília destacou que a festa cívica foi usada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como palanque eleitoral, ou seja, para promoção do candidato à reeleição.

Em reportagem, a emissora americana CNN destacou que o presidente se refere ao Dia da Independência como um marco importante da campanha.

“Todos os anos, 7 de Setembro no Brasil é um dia de desfiles coloridos, manifestações militares e orgulho nacional, pois o país comemora sua independência de Portugal. Mas desta vez, quando o Brasil se prepara para as eleições presidenciais no próximo mês, o presidente Jair Bolsonaro parece estar distorcendo o feriado nacional com fins partidários”, avaliou a CNN.

O jornal português Público, por sua vez, afirmou que “Bolsonaro usa discurso oficial do bicentenário para pedir votos e defender a sua virilidade”.

“Sem muitas surpresas, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, usou o seu discurso oficial que assinalou o bicentenário da Independência do país, esta manhã em Brasília, para apelar ao voto na sua recandidatura”, destacou o jornal.

O El País, da Espanha, também publicou que o presidente Jair Bolsonaro transformou o evento em um ato eleitoral. “O presidente de extrema-direita pretende capitalizar o bicentenário, reunindo uma multidão de apoiadores nas ruas na tentativa de desmentir as pesquisas que o colocam atrás de Lula da Silva e, assim, dar um impulso definitivo à sua campanha”.

Machismo

O discurso do presidente sobre a esposa Michelle Bolsonaro chamou atenção do argentino La Nación, que avaliou o termo usado por ele para se referir à relação com a primeira-dama de “machista”.

A emissora francesa TV5 também apontou que “Bolsonaro pretende fazer da comemoração do bicentenário uma demonstração de força, a menos de quatro semanas da votação mais polarizada da história recente do Brasil”.

A agência Reuters concorda que o “líder de extrema-direita cooptou o feriado nacional do bicentenário para servir à sua reeleição”.

Para a emissora alemã DW , o presidente Jair Bolsonaro misturou as comemorações oficiais do Dia da Independência com propaganda eleitoral.

“Ele pediu aos brasileiros que inundem as ruas e dezenas de milhares de seus apoiadores devem comparecer a comícios em Brasília, São Paulo e em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, em uma demonstração de força”, ressaltou.

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