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“Imperador” do tráfico em Amapá é investigado por mais de 100 mortes

Alberto Magno da Silva Lobato, o Imperador, lidera facção Família Terror Amapá e distribui drogas para SP e RJ, onde foi preso

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Traficante Imperador, do Amapá
1 de 1 Traficante Imperador, do Amapá - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Localizado pela polícia na Vila do João, uma das favelas do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, o traficante Alberto Magno da Silva Lobato, de 30 anos, ficou conhecido como “Imperador” no estado do Amapá, onde estabeleceu sua área de domínio e se impôs pela violência.

De acordo com o delegado Estéfano Santos, titular da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) do Amapá, o Imperador é investigado por mais de 100 homicídios na região Norte.

Ele é um dos líderes da FTA, sigla da facção Família Terror Amapá, que soma mais de 6 mil integrantes na região e firmou aliança com o Primeiro Comando da Capital – o PCC de São Paulo.

“O Imperador é um dos 12 líderes da facção, sendo que nove deles já estão presos. Atualmente, ele tinha a função de ‘gerir o livro negro’, a lista de pessoas decretadas para morrer”, explica o delegado Estéfano Santos, que participou da operação que prendeu o traficante nesta quinta-feira (14/10). 

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Imperador quando foi preso, em 2017
Nas fotos de redes sociais, o traficante exibe armas
Ele também posta fotos com memes , como a montagem com a figurinha de Osama Bin Laden
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Ação na Maré prendeu traficante Imperador

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Imperador quando foi preso, em 2017

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Nas fotos de redes sociais, o traficante exibe armas

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Ele também posta fotos com memes , como a montagem com a figurinha de Osama Bin Laden

O policial descreve ao Metrópoles como funciona a organização: “Existe um estatuto e, cada regra não cumprida, pode resultar em tortura e morte. Ele já mandou matar, por exemplo, membro da própria quadrilha que atrasou a prestação de contas. Mandou matar por dívidas de apenas R$ 50. É um criminoso violento e sanguinário”.

O núcleo liderado pelo Imperador no Amapá distribui drogas para outros estados do país, como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. 

No território fluminense, ele se tornou um fornecedor de uma facção com presença no Complexo da Maré. E optou por ficar temporariamente no Rio de Janeiro para tentar ficar fora do radar das autoridades de seu estado, sem abandonar sua liderança no tráfico no Amapá.

“Ele já se escondeu no Mato Grosso do Sul, seguiu para São Paulo e, desde 2020, estava no Rio, na companhia de pelo menos mais dois comandados, que seguem sendo investigados. Com a prisão dele, demos um golpe nas facções e esperamos que a onda de crimes violentos no Amapá seja controlada, assim como acreditamos que as remessas de drogas para as favelas do Rio sejam reduzidas”, avalia o delegado.

A polícia chegou a interceptar um áudio enviado pelo criminoso para comparsas em grupos de aplicativos de mensagens. Na mensagem, o bandido ordena vingança pela morte de uma afilhada, integrante da Família Terror Amapá, e autoriza a degola do algoz da moça.

“Pode ir pra cima, pode botar pra matar. Pode torar o pescoço e se vazar o áudio, pode dizer que fui eu que mandei. Onde tiver APS em Macapá, pode matar. Vai começar a caçada em cima de APS (Amigos para Sempre, facção rival) e se vazar o áudio pra polícia, fui eu que mandei. Pode ser mulher, pode ser o que for, onde pegar. Pode matar na casa, no pátio, na rua, a partir de hoje”, ordena o traficante, no áudio localizado pelos investigadores.

Após a localização do criminoso no Complexo da Maré, um delegado e um agente da polícia do Amapá chegaram ao Rio na última segunda-feira (11/10). Eles contaram com o apoio de homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na operação que prendeu o Imperador na favela carioca.

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