IML libera corpo de mãe que decapitou o filho. Laudo sairá em 10 dias
Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, morreu na madrugada desta quinta (17/10), em João Pessoa (PB), após ficar 28 dias em coma na UTI
atualizado
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O corpo de Maria Rosália Gonçalves Mendes, a mulher que decapitou o próprio filho de 6 anos em João Pessoa (PB), foi liberado e retirado por familiares no Instituto Médico Legal (IML), nesta quinta-feira (17/10). O laudo sobre a causa da morte sairá em 10 dias.
Ela estava internada em coma desde o dia 20 de setembro, data do assassinato do filho, no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Na madrugada desta quinta, por volta de 1h20, o quadro clínico piorou e Maria faleceu.
Segundo a investigação do caso, ela ficou ferida pelos tiros disparados pelos policiais que atenderam a ocorrência no dia 20 de setembro. Quando eles chegaram ao apartamento de Maria Rosália, a criança, Miguel Ryan Mendes Alves, já estava decapitada no chão da cozinha.
O caso chocou a Paraíba e teve repercussão nacional. Os policiais relataram no inquérito a situação encontrada no local. “Uma cena horrorosa”, descreveu um deles no interrogatório.
Mulher atacou policiais e tentou se matar
Conforme o relato dos PMs, eles foram acionados por moradores do prédio onde Maria Rosália morava e chegaram ao local por volta de 4h10. Os vizinhos foram acordados na madrugada por barulhos de grito e batidas estranhas vindas do apartamento dela.
Os policiais descrevem que a porta do imóvel estava entreaberta e, assim que entraram, perceberam manchas de sangue no chão e viram que o corpo da criança estava estirado na cozinha, já separado da cabeça, enquanto a mãe batia sobre ele no chão.
Eles deram voz de comando para que Maria Rosália parasse o que estava fazendo, mas ela reagiu e tentou atacá-los com duas facas na mão. Nesse momento, os policiais atiraram contra ela, que caiu ferida no chão e, só assim, foi imobilizada.
Os PMs contam, ainda, que, mesmo algemada e ferida, a mulher tentou se soltar e pegou uma tesoura para se matar, mas foi impedida. Ela chegou ao hospital em estado grave e assim permaneceu até a morte.
A Justiça da Paraíba havia convertido a prisão em flagrante em preventiva, durante a internação de Maria Rosália, e estava no aguardo da alta médica para realizar a audiência de custódia. Ela seria encaminhada para o Presídio Feminino Júlia Maranhão.
O corpo do filho, Miguel Ryan, foi sepultado na manhã de 21 de setembro, no Cemitério Campos Santos, na cidade de Pedras de Fogo, região metropolitana de João Pessoa.