IML de Suzano começa a receber corpos de vítimas de atentado
Cinco dos corpos são de alunos e o sexto é de uma funcionária da unidade. Os corpos dos atiradores foram para o IML de Mogi das Cruzes
atualizado
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Seis corpos das dez vítimas atingidas por dois atiradores na Escola Municipal Ruy Brasil já estão no Instituto Médico Legal (IML) de Suzano. Cinco são de alunos e o sexto é de uma funcionária da unidade. Os corpos dos autores dos disparos foram encaminhados para o IML de Mogi das Cruzes.
Segundo a coordenadora especial dos Programas de Cidadania do estado de São Paulo, Eliana Passarelli, já há três famílias no local. Os parentes das vítimas estão sendo recebidos por equipes de atendimento psicológico. Só então será permitido fazer o reconhecimento. Para aqueles que desejarem atendimento médico, há ambulâncias disponíveis em frente ao IML.
“As famílias serão liberadas para reconhecer os corpos aos poucos. Antes disso, os legistas farão exames mais detalhados para atestar com certeza as identidades. Neste momento estamos priorizando o acolhimento a essas famílas”, explicou Passarelli.
Francine D’angelo, prima de uma das vítimas, disse que a família foi chamada ao IML depois de procurar o dia todo pelo estudante Caio Lucas Limeira, de 14 anos, que não aparecia em nenhuma lista. “O nome havia sido trocado, aparecia Paulo”, disse Francine.
Vítimas
A polícia identificou as oito vítimas do massacre na escola estadual Raul Brasil. Entre elas, estão duas funcionárias da instituição de ensino, Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier. Cinco jovens, todos estudantes do ensino médio, e um comerciante da região também perderam a vida no ataque.
Os atiradores são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos e Luiz Henrique de Castro, de 25.
Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antônio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e Douglas Murilo Celestino estavam no pátio, durante o intervalo das aulas, quando foram surpreendidos pelos tiros.
Jorge Antônio Moraes, dono de uma locadora de veículos que fica ao lado do colégio, foi o primeiro a ser atingido pelos atiradores. Ele seria tio de Guilherme. Jorge foi socorrido e levado ao hospital municipal de Suzano, mas não resistiu.
Durante coletiva de imprensa, o comandante da PM de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou que os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar impediram os criminosos de entrarem em uma sala de aula e atirarem contra outros 10 alunos, que se escondiam no espaço.
O caso
A escola de Suzano, onde ocorreu o massacre, fica a cerca de 50 quilômetros da capital São Paulo, tem ensino fundamental e médio, além de um centro de línguas. Lá estudam cerca de mil alunos e trabalham 121 funcionários.