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Idosa sofre com útero para fora sem conseguir cirurgia em Goiânia

Paciente está há 20 dias em casa com muitas dores e sangramento; o procedimento foi considerado pelo sistema de saúde como “eletivo”

atualizado

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Arquivo pessoal
Idosa útero para fora cirurgia goiania goias sus
1 de 1 Idosa útero para fora cirurgia goiania goias sus - Foto: Arquivo pessoal

Goiânia – A aposentada Alcidia Ferreira de Lima, de 81 anos, vive dias de angústia e dor, esperando por uma cirurgia pelo sistema único de saúde da prefeitura da capital goiana. A idosa foi diagnosticada com prolapso uterovaginal completo e está com vários centímetros do útero saindo pela vagina.

Essa condição faz com que Alcidia sinta muita dor e desconforto, sem conseguir urinar, se alimentar e dormir direito. Mesmo assim, ela não conseguiu fazer uma cirurgia com rapidez e aguarda na fila para realizar o procedimento, considerado pelo sistema de saúde como “eletivo”, que é quando não tem urgência.

A família está há cinco meses fazendo exames para a cirurgia, mas, no dia 19 de novembro deste ano, um médico pediu a autorização para internação e operação de Alcidia com urgência. Mesmo assim, a Secretaria Municipal de Saúde protocolou o pedido como “eletivo”. Desde então, ela sofre na fila por cirurgia.

“Dores ela sente demais. É noite e dia sentindo dor. A gente vai na emergência e eles não passam nem remédio de dor, só falam que o caso é cirúrgico. Ela não dorme e não se alimenta direito, porque incomoda muito”, relatou ao Metrópoles a auxiliar de higienização Lucelia Ferreira, de 43 anos, filha da paciente.

Resposta

A família ficou tão desorientada com a falta de atendimento que até procurou o Judiciário para entrar com uma ação que obrigue a prefeitura a fazer a cirurgia. Enquanto isso, Alcidia precisou diversas vezes ir ao médico por conta dos sintomas da doença. Chegou a colocar uma sonda, mas nada da cirurgia sair.

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que alegou que a cirurgia foi liberada no dia 24 de novembro para ser realizada no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. O órgão municipal defendeu que apenas faz a regulação do paciente e não é responsável pelo agendamento do procedimento.

A reportagem procurou então a Santa Casa, que, algumas horas após o contato, marcou uma consulta com Alcidia ainda para esta sexta-feira (10/12). De acordo com a unidade de saúde, nesta consulta foi feita uma avaliação do agendamento da cirurgia. A família informou que o médico deu uma previsão da operação ser feita na próxima semana.

Lucelia, filha da paciente, continua na expectativa para que tudo dê certo e o procedimento seja feito o mais rapidamente possível. Ela teme uma piora repentina da mãe, já que ela também possui pressão alta e diabetes.

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