Idec detecta excesso de agrotóxicos em alimentos de origem animal
Levantamento realizado pelo Idec avaliou derivados de carne e leite e encontrou resíduos de pesticidas em 58% das amostras
atualizado
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Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) verificou sinais de resíduos de agrotóxicos em 14 dos 24 produtos analisados de categorias dos alimentos ultraprocessados de origem animal, como derivados de carne e leite, mais consumidos no Brasil.
O Idec analisou produtos de oito diferentes categorias e foram identificados resquícios de pesticidas em empanados de frango (nugget), requeijão, linguiça suína, mortadela, salsicha e hambúrguer de carne bovina. Para o instituto, os resultados são “bastante preocupantes”.
Confira o levantamento completo:
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Contudo, o estudo não possui a diretriz de identificar se a quantidade desses resíduos é prejudicial ou não à saúde humana. O Idec ressalta que Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não estabelece limites máximos de resquícios de agrotóxicos em produtos ultraprocessados, mas aponta bases comparativas a partir de alimentos-base.
No levantamento, o Idec afirmou que enviou notificações para todas as empresas responsáveis pelos produtos em que havia resíduos de pesticidas. Além disso, os dados foram encaminhados ao Ministério da Agricultura e à Anvisa.
As marcas onde foram identificados mais tipos de agrotóxicos são: Nugget (Seara), Requeijão (Vigor), Requeijão (Itambé), Nugget (Perdigão), Nugget (Sadia), Nugget (Sadia), Linguiça Suína (Seara), Mortadela (Perdigão), Mortadela (Seara), Salsicha (Sadia), Salsicha (Perdigão), Salsicha (Aurora), Hambúrguer bovino (Sadia), Hambúrguer bovino (Perdigão) e Hambúrguer bovino (Seara).
“Essas descobertas reforçam a necessidade de mudanças em nosso sistema alimentar (…) Não é por acaso que esses produtos são promovidos por agressivas estratégias de publicidade que induzem ao seu consumo excessivo”, afirmou o instituto.
O Idec informou ter encomendado a análise a um laboratório que é referência nacional, acreditado pelo Inmetro, credenciado e pelas autoridades de fiscalização. A metodologia utilizada é capaz de identificar até 653 resíduos de agrotóxicos.
Nota de esclarecimento da Vigor:
A Vigor realiza controles de qualidade com os mais altos padrões encontrados no mercado e, de acordo com o estabelecido na legislação pertinente, controla e examina seus insumos, neste caso, o leite. Sobre o estudo em questão, a empresa informa que não teve acesso a informações importantes para que pudesse, na ocasião, analisar e rastrear o lote do produto citado, tais como data de fabricação e/ou validade do produto, laudo técnico, laboratório onde foi realizada a análise, data de realização do exame e método específico utilizado.
A companhia reforça que realiza constantemente programas de controle interno em todas as suas unidades fabris e postos de captação de leite, bem como o monitoramento através de laboratórios credenciados na rede brasileira de qualidade do Leite-RBQL, não tendo verificado a presença de inseticidas, acaricidas e agrotóxicos em seus produtos.
Além disso, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio de coletas do programa nacional, controla constantemente a presença dessas substâncias, estando a Vigor em plena conformidade. A empresa reforça mais uma vez que preza pela saúde e o bem-estar de seus consumidores e tem como prioridade a Segurança dos Alimentos, bem como a garantia da qualidade de seus produtos em todas as etapas da cadeia de produção