IBGE: rendimento médio do trabalhador brasileiro aumentou 7,1% em 2023
Síntese de indicadores sociais aponta que a remuneração média da população ocupada passou de R$ 2,7 mil, em 2022, para R$ 2.890, em 2023
atualizado
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O rendimento médio do trabalhador brasileiro aumentou 7,1% em 2023, em relação ao ano anterior, conforme dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (4/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse aumento refere-se à renda da população ocupada obtida no trabalho principal. Em 2022, a remuneração média dos brasileiros, nesses casos, foi de R$ 2,7 mil, enquanto em 2023 passou a ser de R$ 2.890 por mês.
A pesquisa é divulgada pelo IBGE desde 2012 e houve quedas, na comparação com anos anteriores, em 2015, 2017, 2019, 2021 e 2022. A recuperação registrada em 2023 remonta a patamares pré-pandemia. Em relação ao início da série histórica, o aumento foi de 6,3%.
Na análise da pesquisa, o IBGE aponta que a recuperação de 2023 constrasta com os resultados negativos de 2021 e 2022, “o que indica uma efetiva recuperação do mercado de trabalho“, sugere o Instituto.
Veja:
Resultado por atividade profissional
Os índices positivos foram registrados, também, na análise individual do rendimento médio em cada atividade profissional. Todas elas, segundo o IBGE, apresentaram crescimento na renda do trabalho, em 2023.
O destaque maior ficou com o segmento de alojamento e alimentação, que teve um aumento do rendimento médio de 14,2%, seguido por outros serviços (10,2%), comércio e reparação (9%), construção (7,7%) e indústria (6,7%).
As áreas de informação, financeira, administração pública, educação, saúde, serviços sociais e outras atividades profissionais tiveram um aumento da renda média do trabalhador de 5,8%. As menores variações foram registradas nas atividades de transporte, armazenagem e correio (0,7%) e agropecuária (1,5%).
Remuneração média
Em números absolutos, a maior remuneração média dos trabalhadores, no ano passado, foi registrada nas áreas de informação, financeira e outras atividades profissionais, com R$ 4.227, seguidas pela administração pública, educação, saúde e serviço social, com R$ 4.157.
Elas foram as únicas que ficaram acima dos R$ 3 mil, conforme os dados do IBGE. As demais não atingiram esse patamar. Na indústria, o rendimento médio ficou em R$ 2.859. Confira abaixo o resultado por atividade:
Recorde de ocupação
Ainda em relação ao trabalho, a pesquisa do IBGE mostra que, pela primeira vez na série histórica, o Brasil ultrapassou as 100 milhões de pessoas consideradas ocupadas no país, em 2023. Ou seja, são aquelas em idade apta para trabalhar e devidamente empregadas ou exercendo alguma atividade profissional.
Conforme os dados, o total subiu de pouco mais de 96,9 milhões de pessoas em 2022 para quase 100,7 milhões, no ano passado. Foi um crescimento de mais de 3,7 milhões nessa condição – alta de 3,8% em relação ao ano anterior e 12,3% em comparação a 2012, início da série histórica.
O IBGE atribui esse cenário à melhora da economia. Na comparação com 2022, os setores que mais aumentaram a quantidade de pessoas ocupadas foram: informação, financeira e outras atividades profissionais (9,8%), serviços domésticos (6,1%), alojamento e alimentação (5,3%), transporte, armazenagem e correio (5,3%) e indústria (4,7%).
Dessas quase 100,7 milhões de pessoas, 40,3% estavam ocupadas com carteira de trabalho assinada, 21% sem carteira de trabalho assinada, 7,6% eram militares ou funcionários públicos estatutários, 25,4% trabalhavam por conta própria (autônomos) e 4,3% estavam na condição de empregadores.