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IBGE: mulheres pretas e pardas sofrem mais violência do que brancas

Levantamento do IBGE mostra que, em 2019, 6% mulheres de 18 anos ou mais sofreram violência psicológica, física ou sexual de parceiro ou ex

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Violência contra a mulher - Metrópoles
1 de 1 Violência contra a mulher - Metrópoles - Foto: Getty Images/Reprodução

Em 2019, 6% das mulheres de 18 anos ou mais declararam que a principal violência sofrida foi psicológica, física ou sexual praticada por parceiro íntimo, seja do atual ou do ex. A proporção identificada era maior entre pretas ou pardas do que entre brancas.

Os dados estão presentes na 3ª edição da pesquisa Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher.

Ainda sob o recorte de cor ou raça, a proporção de mulheres pretas ou pardas (6,3%) vítimas desse tipo de violência era maior do que a de brancas (5,7%). Vale ressaltar que os dados são referentes aos 12 meses anteriores à entrevista usada pelo IBGE.

O maior quantitativo de mulheres declaradas pretas ou pardas estava na Região Sul (6,9%), apesar de que a maioria da população feminina dessa região seja branca (73,6%) — de acordo com o Censo Demográfico 2022.

Imagem colorida sobre o índice de violência contra mulheres no Brasil - Metrópoles
Proporção de casos de violência contra mulheres por parceiros e ex-parceiros

Segundo o estudo, a faixa etária de jovens (18 a 29 anos) foi a que mais relatou ter sofrido violência em casos onde o autor era parceiro ou ex: 9,2%. Na sequência, estão mulheres de 30 a 39 anos (8,2%).

Mesmo sem mudança significativa entre as unidades da federação (UF), Roraima (8,5%), Sergipe (8,4%) e Mato Grosso do Sul (8,2%) registraram os maiores percentuais relacionados a esses dados negativos.

Morte de mulheres

O IBGE destaca que, entre 2017 e 2021, houve uma redução na taxa de homicídio de mulheres a cada 100 mil mulheres no Brasil.

Em 2017, dois anos após a promulgação da Lei do Feminicídio, esse índice era de 4,7%. Já em 2018 passou para 4,2%, e depois alcançou certa estabilidade entre 2019 e 2021 (3,5%).

Imagem colorida de tabela sobre local de homicídios de mulheres no Brasil - Metrópoles
Taxa de homicídios de mulheres no Brasil entre 2017 e 2021

Porém, as reduções mais expressivas foram identificadas no número de mortes ocorridas fora da residência das vítimas, com um recuo de -27,3%. Nesse mesmo período, os homicídios de mulheres dentro de domicílios caíram -21,4%.

Sob o recorte de cor ou raça, entre 2017 e 2021, a taxa de mortes de mulheres declaradas pretas ou pardas foi maior que a de brancas, tanto dentro do domicílio quanto fora.

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