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IBGE: lares com pessoas morando só aumentam em todas as faixas etárias

Entre 2010 e 2022, o percentual de residências com uma única pessoa, no Brasil, passou de 12,2% para 18,9%, conforme dados do Censo 2022

atualizado

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Coleta do Censo Demográfico começou nesta segunda 01 de agosto de 2022. Recenseadores do IBGE iniciaram a coleta de dados em Goiânia goiás
1 de 1 Coleta do Censo Demográfico começou nesta segunda 01 de agosto de 2022. Recenseadores do IBGE iniciaram a coleta de dados em Goiânia goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (25/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o número de lares unipessoais, ou seja, aqueles com pessoas morando só, aumentou em todas as faixas etárias no país.

No geral, o percentual de domicílios com essa configuração subiu de 12,2%, em 2010, para 18,9%, em 2022, revelando uma tendência comportamental no Brasil. Na análise por faixas etárias, a situação ficou da seguinte forma:

– Até 17 anos: a representação de lares unipessoais passou de 6% para 7,6%;

– Entre 18 e 24 anos: o crescimento foi de 11,3%, em 2010, para 17,2% em 2022;

– Entre 25 e 39 anos: o aumento foi de 8,3%, em 2010, para 13,4% em 2022;

-Entre 40 e 59 anos: a elevação percentual foi de 10,5%, em 2010, para 16,4% em 2022;

– 60 anos ou mais: o aumento foi de 21,5% para 28,7%.

Aumento maior entre mulheres

Conforme a analista do IBGE, Luciene Longo, na análise por gênero, os maiores percentuais de domicílios unipessoais, no Brasil, foram verificados entre mulheres, especialmente entre aquelas que se declaram amarelas (26,5%) e brancas (23,4%).

Ela acredita que essa tendência está relacionada ao envelhecimento da população, visto que o percentual é alto, principalmente, entre pessoas acima de 60 anos.

“Isso está relacionado também ao envelhecimento da população, uma vez que as pessoas idosas apresentam maior chance de morarem sozinhas em razão de diversos acontecimentos do ciclo de vida, seja em relação à morte do companheiro ou da companheira, de divórcio, da saída dos filhos dos domicílios. Portanto, essas são características importantes que ajudam a explicar o fato dos responsáveis dessa faixa de estarem sobrerepresentados na espécie de unidades unipessoais”, explica Luciene.

Estados com mais lares unipessoais

Entre os estados, as maiores proporções de unidades domésticas com uma única pessoa foram verificadas no Rio de Janeiro (23,4%), Rio Grande do Sul (22,3%) e Espírito Santo (20,6%).

Já os locais que apresentaram as menores proporções de lares unipessoais, em relação ao total, foram Amapá (12%), Amazonas (13%) e Pará (13,5%).

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