IBGE: desemprego cai para 6,9% no trimestre encerrado em junho
Taxa no trimestre encerrado em junho de 2024 recuou um ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (7,9%), segundo o IBGE
atualizado
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A taxa de desocupação no trimestre encerrado em junho de 2024 foi de 6,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa recuou um ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior, de janeiro a março de 2024 (quando foi 7,9%), caiu 1,1 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (8,0%).
Essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%). A população desocupada ficou em 7,5 milhões. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
Já a população ocupada (101,8 milhões) foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.
A força de trabalho — que inclui pessoas ocupadas e desocupadas —, no trimestre de abril a junho de 2024, foi estimada em 109,4 milhões de pessoas. Esta população cresceu nas duas comparações: 0,5% (mais 546 mil pessoas) ante o trimestre encerrado em março de 2024 e 1,7% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior.
Carteira assinada e sem carteira assinada
Segundo o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluídos os trabalhadores domésticos) chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da Pnad Contínua. Houve alta de 1,0% (mais 397 mil pessoas) no trimestre e de 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano.
Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,797 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 3,1% (mais 410 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 688 mil pessoas) no ano.
Por fim, a população desalentada somou 3,3 milhões, sendo o seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões), recuando 9,6% (menos 345 mil pessoas) no trimestre e 11,5% (menos 422 mil pessoas) no ano. São consideradas desalentadas as pessoas que não realizaram busca efetiva por trabalho, mas gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar.
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (2,9%) foi o menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (2,9%), recuando 0,3 p.p. no mês e 0,4 p.p. no ano.
Rendimento real
O rendimento real de todos os trabalhos cresceu e ficou em R$ 3.214 no trimestre, 1,8% maior que no trimestre anterior (R$ 3.158) e 5,8% superior ao mesmo trimestre de 2023 (R$ 3.037).
Caged x Pnad
Na quarta-feira (30/7), foram divulgados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em junho de 2024, o Brasil criou 201,7 mil vagas de emprego formal (com carteira assinada), encerrando o primeiro semestre com um saldo de 1,3 milhão de empregos.
O Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mede as variações somente entre trabalhadores com carteira assinada, ao contrário da Pnad, do IBGE, que mede a taxa de desemprego entre todos os trabalhadores na economia, incluindo no mercado informal.