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IBGE: Brasil tem mais homens pretos do que mulheres pretas

A população preta é a única em que o número de homens supera o de mulheres no país, conforme o Censo 2022 do IBGE

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O Brasil tem mais homens negros do que mulheres negras, segundo dados do Censo Demográfico 2022: Identificação étnico-racial da população, por sexo e idade, divulgado nesta sexta-feira (22/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A razão do sexo é um indicador que sinaliza a proporção de homens em relação às mulheres. Quando esse índice é superior a 100, significa que nesse grupo existem mais homens do que mulheres. Caso contrário, há mais mulheres do que homens. No Brasil, essa razão é de 94,2.

A população preta é a única raça em que o número de homens supera o de mulheres (103,9 homens para 100 mulheres), com exceção da Região Sudeste, onde a razão de sexo é de 99,9.

No país, há mais mulheres brancas, amarelas, pardas e indígenas que homens nos respectivos grupos. Confira os números segundo o IBGE:

  • Amarelo: 89,2
  • Branco: 89,9
  • Indígena: 99,1
  • Pardo: 96,4
  • Preto: 103,9

O Censo Demográfico

Cerca de 92,1 milhões de brasileiros se declaram pardas (45,3% da população). Essa é a primeira vez, desde 1991, quando o IBGE passou a adotar as cinco categorias atuais (amarelos, brancos, indígenas, pardos e pretos), que esse grupo étnico é maioria, ultrapassando o número de 88,2 milhões brancos (43,5%).

Em relação ao último Censo, de 2010, as pessoas pardas apresentam um crescimento de 11,9%. Segundo o Censo, dos 203,1 milhões de brasileiros, 20,6 milhões se declaram pretos (10,2%), 1,7 milhão se dizem indígenas (0,8%) e 850,1 mil, amarelos (0,4%).

População preta cresce em 2022

No período de 2010 a 2022, a população preta cresceu 42,3%, passando de 14,5 milhões para 20,6 milhões. O Nordeste registrou o maior percentual de pretos na população (13%). Ainda nesse intervalo, a população indígena aumentou 89%, de 896,9 mil para 1,7 milhão.

Por outro lado, a população amarela e a branca sofreu decréscimo de 59,2% e 3,1%, respectivamente. Saindo de 2,08 milhões para 850,1 mil de amarelos e passando de 91 milhões para 88,2 milhões de brancos.

De acordo com o IBGE, na coleta do Censo 2022 apenas 11.119 pessoas não declararam a pergunta de cor ou raça. O instituto não considerou as análises sem declaração.

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